Lagoa: A inovação ao serviço da Agenda 2030

Construindo as cidades de amanhã

A sinergia entre Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e smart cities redefine o urbanismo, promovendo a inclusão, a sustentabilidade e a inovação para as cidades mais resilientes e equitativas.

As smart cities assentam no propósito de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de quem vive, estuda e trabalha nesses locais, ou de quem os visita, pelo que o alinhamento com a Agenda 2030 deve ser uma preocupação/obrigação.

A convergência entre atingir as metas dos ODS e a visão das smart cities é essencial, sendo que as tecnologias inovadoras potenciam o alcance dos resultados, os quais se traduzem não apenas em indicadores, mas numa efetiva melhoria de serviços públicos, da gestão dos recursos e consequentemente da qualidade de vida da comunidade.

Esta comunhão é evidente em várias áreas. No ODS10 – Redução das Desigualdades, as cidades inteligentes procuram implementar políticas inclusivas, garantindo o acesso equitativo a serviços básicos e oportunidades para a população, o que é facilitado pelo uso de tecnologias que monitorizam e otimizam a distribuição de recursos e a acessibilidade a espaços públicos. No caso do ODS7 – Energias Limpas e Acessíveis, as smart cities já há muito contribuem através de iniciativas que visam adotar fontes de energia renovável, instalar sistemas de iluminação eficiente e gerir o consumo de energia de forma inteligente, permitindo não apenas reduzir custos e aumentar a eficiência, mas contribuir também para a ação climática (ODS13).

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As smart cities contribuem ainda para a prossecução dos ODS3 – Saúde de Qualidade e ODS11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, aquando da implementação de sistemas de monitorização da qualidade do ar, da criação de espaços verdes acessíveis e infraestruturas que promovam a atividade física e a mobilidade suave, refletindo o compromisso com ambientes urbanos saudáveis.

Contudo, persistem muitos desafios. A inclusão digital e a privacidade dos dados são preocupações constantes perante a rápida digitalização das cidades. Contudo, o acesso às tecnologias não pode ser evitado por risco de exclusão social e de agravamento das desigualdades.

Em suma, as smart cities são um contributo decisivo, acelerando o caminho através da inovação e da tecnologia, para se alcançar um mundo melhor não deixando ninguém para trás.

OUTROS PROJETOS EM DESTAQUE

• A sensorização da cidade, impulsionada por projetos inovadores, reúne dados cruciais para aperfeiçoar a gestão urbana. Através da captura contínua de informações, sobre o trânsito e a qualidade do ar, a cidade adapta-se dinamicamente. A análise de dados permite identificar padrões e tomar decisões informadas para melhorar serviços públicos. A colaboração com a academia e as empresas privadas é vital. A academia traz investigação e conhecimento, enquanto o setor privado oferece soluções ágeis e adaptáveis. Juntos, desenvolvem-se tecnologias inteligentes que transformam desafios urbanos em oportunidades inovadoras, moldando cidades mais eficientes e habitáveis.