Transformar a Mouraria, em Lisboa, num bairro verde e (ainda mais) vibrante é o desafio lançado pela competição internacional Students Reinventing Cities. Lisboa é uma das 12 cidades internacionais escolhidas para integrar o concurso, promovido pela rede de cidades C40 e que se dirige a estudantes e universidades de todo o mundo.

A rede internacional C40, que junta cerca de uma centena de autarcas de cidades de todo o mundo na luta contra a crise climática, volta, este ano, a lançar a competição mundial Students Reinventing Cities e Lisboa é uma das cidades escolhidas para ser palco da transformação. Numa parceria entre a agência de energia e ambiente Lisboa E-Nova e a câmara municipal de Lisboa, a capital portuguesa aderiu ao concurso que convida equipas de estudantes e universidades de todo o mundo a pensarem como transformar zonas urbanas em bairros mais sustentáveis, inclusivos e vibrantes, alinhados com a ideia de proximidade proposta pelo conceito da cidade dos 15 minutos.

Lisboa, Amã (Jordânia), Barcelona (Espanha), Chengdu (China), Durban (África do Sul), Freetown (Serra Leoa), Melbourne (Austrália), Milão (Itália), Nova Orleães (Estados Unidos da América), Roma (Itália), São Paulo (Brasil) e Zhenjiang (China) são as urbes participantes nesta edição. Cada uma das doze cidades escolhe uma área do seu território para servir de inspiração para as propostas de transformação urbana dos estudantes.

No caso português, a escolha é o bairro da Mouraria, no centro histórico da cidade de Lisboa, que, dada a sua localização, tradição e diversidade cultural actual, coloca desafios pertinentes para a cidade aos concorrentes. Além disso, a Mouraria é também um dos palcos do projecto europeu HUB-IN, coordenado pela Lisboa E-Nova, com vista à transformação e regeneração urbanas de bairros históricos através da inovação e do empreendedorismo.

O concurso internacional tem algumas expectativas para a intervenção a realizar na Mouraria, sendo uma delas a conciliação entre a sustentabilidade ambiental e social e a preservação da história e da cultura locais. Com isto em mente, as equipas participantes deverão dar especial atenção aos desafios da integração de soluções baseadas na natureza, visando, assim, a mitigação do efeito ilha de calor e dos impactos das vagas de calor, do uso eficiente da água, promovendo a sua reutilização e circularidade e melhorando a adaptação climática, e, por fim, do envolvimento das comunidades locais, utilizando a arte como forma de sensibilização climática e promovendo a adopção de comportamentos mais sustentáveis.

As inscrições para a competição terminam a 30 de Março, mas, antes disso, a Lisboa E-Nova organiza um webinar sobre o tema já na próxima quinta-feira (2 de Março). Neste encontro virtual, vai ser possível conhecer melhor a competição e as regras de participação, assim como a área de intervenção, que compreende 21 hectares no bairro lisboeta da Mouraria.

A inscrição neste webinar pode ser feita aqui, sendo que os interessados podem também entrar contacto, quer com a coordenação local, quer com outros participantes interessados em apresentar uma proposta para a Mouraria, através deste formulário. Ao que a Smart Cities pode apurar, há já, pelo menos, uma equipa sueca interessada em transformar a Mouraria.

 

Fotografia de destaque: © CML