Os franceses apresentam maior confiança em relação aos britânicos, americanos e austríacos sobre aquilo que uma casa inteligente pode fazer pelo nosso dia-a-dia. Já alemães e espanhóis vêem como futurista funcionalidades que já hoje são realidade. Estas são algumas das conclusões do inquérito realizado numa parceria entre Bosch e Twitter, que teve como objectivo consultar preferências dos utilizadores desta rede social para casas inteligentes.
Uma casa inteligente torna o dia-a-dia mais conveniente, contribui para a poupança de energia e proporciona um sentimento de maior confiança e segurança na habitação. No entanto, são muitos os utilizadores da rede social Twitter que não se encontram, ainda, conscientes das potencialidades de uma casa conectada. 31% não tinha, ainda, pensado sequer no conceito.
O inquérito, levado a cabo na Alemanha, França, Reino Unido, Áustria, Espanha e EUA, revela que são as pessoas entre os 25 e os 34 anos as que mais se aproximam da realidade com as suas respostas. Mas o facto de a percepção das possibilidades diminuir com a idade não surpreende tanto quanto o número elevado de nativos digitais que não sabe aquilo que hoje é possível com as tecnologias para casas inteligentes, especialmente jovens entre os 16 e os 24 anos, que nunca viveram num mundo sem Internet.
Os potenciais de poupança de energia e de dinheiro foram os argumentos que mais convenceram. O argumento da poupança de energia convence entre 71% e 75% dos inquiridos, estando os espanhóis, franceses e britânicos especialmente interessados em poupar dinheiro.

A tranquilidade e a segurança são outros dos factores de atractividade de uma casa inteligente, ao ficarem em segundo e terceiro lugar nos argumentos, com 59% e 58% dos participantes no inquérito a escolher estas opções, respectivamente. A segurança assume, aqui, um papel especialmente importante para as mulheres.
Norte-americanos e britânicos expressaram, igualmente, o desejo de controlar a casa “na estrada”, registando 60% de interessados neste aspecto, contrastando com os 45% de interessados franceses e os 30% de espanhóis e alemães.
Em relação à implementação real destas tecnologias, muitos dos inquiridos demonstraram que os custos associados são, ainda, um entrave e manifestaram preocupação com a protecção de dados. Espanhóis (70%) e franceses (68%) afirmam que a tecnologia ainda é demasiado cara. A preocupação com a protecção de dados já é não é problema para muitas soluções para casas inteligentes, que dão a escolher ao utilizador a possibilidade de a sua informação não sair de casa ou ser enviada para a cloud para determinados serviços.
Pelo menos uma cada dez pessoas na Alemanha e Áustria já se convenceu e vive, ou planeia fazê-lo, numa casa conectada. Mais do que em qualquer outro país participante no estudo.
Este inquérito foi realizado entre 26 de Julho e 3 de Agosto de 2016 e contou com a participação de 6 265 respondentes.