A Comissão Europeia volta a eleger projetos inovadores que valorizem a sustentabilidade, a inclusão e a estética, através da 5.ª edição dos Prémios Novo Bauhaus Europeu, mas este ano junta uma distinção paralela à iniciativa: o Novo Bauhaus Europeu Estímulo aos pequenos municípios.
Em ambos os casos, as inscrições estão abertas durante um mês – de 14 de janeiro a 14 de fevereiro – e procuram homenagear “projetos e ideias que reformulem a forma como vivemos e interagimos com o ambiente”. Ainda assim, têm objetivos e um público alvo diferente, uma vez que os Prémios Novo Bauhaus Europeu se destinam a pessoas e organizações, enquanto a nova distinção visa apoiar os governos locais de menor dimensão “na execução de projetos transformadores com uma forte participação da comunidade”.
Este ano, os Prémios Novo Bauhaus Europeu são atribuídos a 22 projetos e conceitos, entre vencedores e segundos classificados, com especial destaque para a temática da habitação a preços acessíveis, que tem direito a um prémio especial. Mais uma vez volta a haver quatro categorias principais: “Reconectar com a natureza”; “Restabelecer a ligação com a natureza”; “Recuperar um sentimento de pertença”; “Dar prioridade aos lugares e às pessoas que mais necessitam”; e “Desenvolver um ecossistema industrial circular e apoiar uma reflexão centrada no ciclo de vida”.
Em cada uma destas quatro categorias são consideradas duas vertentes paralelas. A vertente A – “Campeões do Novo Bauhaus Europeu” – destina-se a projetos (existentes ou concluídos) já com provas dadas do seu impacto positivo. Por sua vez, a vertente B – “Estrelas Ascendentes do Novo Bauhaus Europeu” -, premeia conceitos em diferentes fases de desenvolvimento (desde ideias com um plano claro a protótipos) apresentados por jovens com idade igual ou inferior a 30 anos.
Os eleitos recebem um prémio monetário que varia entre os 10 mil euros (para os segundos classificados da vertente B) e os 30 mil euros (para os vencedores da Vertente A e do prémio especial Habitação a preços acessíveis), bem como um pacote de comunicação destinado a promover os respetivos projetos e conceitos. Mais informações e candidaturas aqui.
Recorde-se que na edição de 2024 houve dois projetos portugueses distinguidos. Um deles foi o “Urban_MYCOskin”, vencedor da categoria “Desenvolver um ecossistema industrial circular e apoiar uma reflexão centrada no ciclo de vida”, que propôs criar uma paragem de elétrico sustentável na Praça do Martim Moniz. Já o “Hydroscape Lisbon” conquistou um segundo lugar na categoria “Reconectar com a natureza”, ao apresentar um projeto para a criação de um parque urbano e de um centro de tratamento de águas na atual zona do porto de Lisboa.
A vez dos pequenos municípios
Paralelamente à 5.ª edição dos prémios Novo Bauhaus Europeus, a Comissão Europeia lançou também uma nova distinção, a que chamou “Estímulo aos Pequenos Municípios”. Esta iniciativa, destinada a municípios de zonas rurais ou com uma população inferior a 20 mil habitantes, vai apoiar 20 projetos “com um nível suficiente de maturidade e que evidenciem uma abordagem participativa emergente”.
Estes projetos devem incidir no ambiente construído, como a construção, a renovação e a adaptação de edifícios e espaços públicos, “através do prisma da circularidade, da neutralidade carbónica, da preservação do património cultural, das soluções de habitação a preços acessíveis e da regeneração de espaços rurais ou urbanos”, explica o regulamento.
Neste caso, os vencedores serão selecionados a partir de uma lista composta pelas 30 candidaturas com a classificação mais elevada, mas que, ao mesmo tempo, seja representativa de várias realidades geográficas e socioeconómicas da União Europeia. A escolha final ficará a cargo de um grupo de peritos independentes.
Cada um dos vencedores recebe um prémio monetário de 30 mil euros, acompanhado por um pacote de comunicação. Mais informações através deste link.
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