Controlar remotamente plantações agrícolas, através de um sistema inteligente, automático, costumizável e modular. É esta a promessa da CoolFarm, a start-up de Coimbra distinguida no passado dia 24 de Maio com o prémio Startup do Ano 2017. A distinção foi atribuída na terceira edição do Ativar Portugal, uma iniciativa da Microsoft Portugal, que reuniu mais de 100 jovens empresas, investidores e parceiros.
O CoolFarm é um sistema fechado que permite fazer crescer vegetais, flores e ervas sem utilizar terra, sem o uso de pesticidas ou herbicidas e com uma poupança de água – relativamente à agricultura tradicional – que a empresa estima situar-se nos 90 %. É possível controlar e monitorizar toda a informação referente ao processo de plantação através de um único dispositivo ligado à nuvem, seja este um computador, seja um smartphone, tirando partido de um painel de controlo “intuitivo” que gera relatórios, permite efectuar comparações e oferece total controlo das operações em tempo real. O sistema é expansível, horizontal e verticalmente, e incorpora sensores e câmaras que monitorizam todas as variáveis relevantes e controlam o crescimento das plantas.
Maior eficiência e segurança, com o mínimo desperdício. É o que promete a solução in-store, da premiada start-up de Coimbra, incubada no Instituto Pedro Nunes e pensada para ser integrada em supermercados, armazéns, restaurantes ou centros de pesquisa.
João Igor, co-fundador e responsável pela comunicação e design da start-up, revela que a empresa conta já com “três milhões de euros em vendas para entregar até ao fim do ano, quer a nível nacional, quer internacional”, tendo acrescentado, em entrevista à Smart Cities, que a empresa opera num mercado em que “não há concorrência” e que, em 2018, já será possível ver o sistema instalado em “vários hipermercados de Portugal, mercados locais, hotéis e restaurantes”.
Esta é “uma solução para as cidades inteligentes”, afirma, referindo-se à solução desenvolvida como “um resort para as plantas”, que permite contornar a poluição atmosférica e assegurar um ambiente “cem por cento controlado”. “Para o consumidor, é a única maneira de ter acesso a comida viva, super fresca, nutritiva e saborosa, durante todo o ano”.