A nova obra de Paula Teles, especialista em mobilidade urbana inclusiva e sustentável, resume 25 anos de trabalho a nível da mobilidade urbana sustentável em Portugal e em diversos pontos do mundo. Estação é o nome do livro que destaca a importância de se traçar planos de mobilidade e urbanismo para a resiliência e segurança rodoviária das cidades, principalmente numa altura em que cerca de dois mil milhões de euros da “bazuca” serão destinados à mobilidade.

Lançada a 14 de Julho,  Estação é a obra que, através do percurso e contributo da autora ao longo dos anos, vem reforçar a importância das políticas da mobilidade para o estabelecimento de um modelo sustentável nas cidades, que se deverão tornar cada vez mais humanas e acessíveis. O livro demonstra, essencialmente, o “problema da mobilidade urbana face à enorme pressão do automóvel nas cidades, com todos os efeitos nefastos para a poluição do ambiente urbano e, consequentemente, da saúde pública”, lê-se em comunicado.

Paula Teles, presidente e fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade em Portugal, foi, ao longo de 25 anos, técnica, autarca e professora universitária, mantendo como foco a mobilidade e os transportes. Para a especialista, é prioritário construir cidades inclusivas, sustentáveis e seguras, ressalvando que “poucos municípios, incluindo Lisboa e Porto, têm planos de segurança rodoviária”. A autora pretende agora, com o lançamento desta obra, partilhar os 25 anos de vida entre cidades, alertando para as lições que podem ser retiradas sobre o que falhou e o que correu bem ao longo dos últimos tempos.

“Eliminar barreiras, dar funcionalidade às ruas e às cidades, humanizando-as, e, ao mesmo tempo, incluir todas as pessoas nas suas diferenças de mobilidade é o que me estimula a fazer cada vez melhor”, explica Paula Teles, citada em comunicado. “É urgente traçar planos de mobilidade e urbanismo Covid para a resiliência das cidades. Hoje, em plena travessia de uma pandemia, entendo que este trabalho, apresentado em livro de grafismo tipo ‘linha do tempo’, em formato de rede de mobilidade, poderá constituir-se como referência para o conhecimento histórico, técnico e político de quem tem de tomar decisões em todas as escalas territoriais, da global à local”, acrescenta.

Sendo que as políticas da mobilidade ferroviária se encontram agora, de novo, na agenda política, serão fundamentais uma mudança de atitude e uma “procura inequívoca de uma mobilidade mais amiga e sustentável, um colete salva-vidas para a sobrevivência das cidades”.

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