A “FQ9”, uma plataforma que auxilia os alunos do nono ano a estudar a matéria de Físico-Química, despertando o interesse para a matéria, foi a grande vencedora da edição deste ano do Apps for Good. Mas o concurso, organizado pelo CDI Portugal, teve espaço para mais reconhecimentos. “The Dropper” e “Help People” foram as ideias seleccionadas pela Siemens, parceira do evento, para premiar o uso das Tecnologias de Informação (TI) no feminino.
Da autoria de Joana Cunha e Laura Carvalho, entre outros, a “The Dropper” quer ser uma aplicação que ajuda a minimizar o problema da escassez de água. Por sua vez, a “Help People”, criada por Micaela Franco e outros, reúne, numa só ferramenta, contactos úteis e de emergência, capazes de auxiliar pessoas que vivem em locais mais remotos ou povoações isoladas a realizar tarefas do dia-a-dia, como comprar pão, chamar um táxi ou pedir os medicamentos à farmácia mais próxima. A distinção pretende incentivar e ajudar mulheres a optarem pela engenharia, em particular nas Tecnologias de Informação (TI). Apesar de ser uma área predominantemente ocupada por homens, há um interesse do lado das mulheres cada vez maior e que se começa a fazer sentir também no Apps for Good – este ano, a participação feminina cresceu 10%, representando agora 40% das participações. “Cerca de 62% dos alunos envolvidos no Apps for Good referiram que o facto de terem participado no programa os levou a considerar a hipótese de se especializarem numa área profissional de TI”, admite a organizadora do evento, o CDI Portugal.
“É importante chamar cada vez mais mulheres para a área da engenharia e das Tecnologias de Informação, que continua a ser predominantemente ocupada por homens. A atribuição do prémio Jovens Empreendedoras é uma forma de reconhecer e valorizar o talento feminino nestas áreas”, diz Joana Garoupa, directora de comunicação da Siemens Portugal.
Na competição global, o título de grande vencedor foi atribuído ao Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro. A “FQ9” pretende estimular o interesse e fomentar a motivação dos alunos para aprender os conteúdos desta disciplina.
Vinte apps foram finalistas na edição deste ano do concurso Apps for Good, que teve lugar a 13 de Setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, e contou com a participação de 66 escolas e 1166 alunos dos ensinos básicos e secundário. O desafio passa por criar aplicações para mobile, com fins sociais.
A iniciativa chega aos jovens através de parcerias com organizações de educação formal ou não formal – escolas, colégios, centros da juventude, clubes de informática, entre outros. Professores e alunos – entre os dez e os 18 anos – trabalham em equipa para darem resposta a questões relevantes do seu dia-a-dia através da criação de Apps para smartphones ou tablets. Através do Apps For Good têm acesso a conteúdos digitais e podem contactar com especialistas de todo o mundo.