A fase piloto do sistema de bicicletas partilhadas de Lisboa já arrancou. Mais de 400 beta testers e convidados podem agora testar os velocípedes e dar, posteriormente, feedback sobre o funcionamento do sistema. Uma das novidades anunciadas na sessão de lançamento dos testes, que decorreu ontem, na freguesia do Parque das Nações, foi o tarifário do sistema: vão estar disponíveis três modalidades de adesão e o custo, para aqueles que adquirirem o passe anual, será de 25 euros.

Nesta primeira fase encontram-se disponíveis 100 bicicletas, distribuídas por dez estações localizadas no Parque das Nações. A EMEL, responsável pela implementação do sistema de bike sharing em Lisboa, anunciou ter recebido mais de 2000 inscrições de interessados em participar no projecto piloto. Destes, mais de 400 foram já seleccionados para testar o sistema gratuitamente, sendo que, segundo fonte da empresa municipal de mobilidade de Lisboa, este número deverá ser aumentado “gradualmente”. O objectivo desta fase de experimentação, que deverá durar um mês, é afinar o funcionamento do sistema e ir acrescentando melhorias, para que possa, por fim, entrar em funcionamento por toda a cidade. O objectivo, segundo Luís Natal Marques, presidente do conselho de administração da EMEL, é que o sistema, que, em breve, vai contar com 1410 bicicletas eléctricas e convencionais e 140 estações pela cidade, esteja “completamente instalado” em “finais do Verão”.

No decorrer da sessão de lançamento, foi ainda adiantado o tarifário da rede, pretendendo-se incentivar o uso utilitário – como são as deslocações casa-trabalho -, ao invés de um uso ocasional, mais relacionado com actividades de lazer. Assim, quem quiser usufruir do sistema de bicicletas partilhadas poderá ter acesso a este através de três modalidades: adquirindo um passe anual, no valor de 25 euros; um passe mensal, cujo valor está fixado nos 15 euros; e, por fim, um bilhete diário, que custará 10 euros. Está, ainda, prevista a criação de tarifas especiais para quem utilizar o sistema em complementaridade com os transportes públicos de Lisboa. “Aprendemos muito com os sistemas das outras cidades”, fez questão de frisar fonte da EMEL no primeiro dia de testes do sistema.

O sistema de bicicletas partilhadas funciona exclusivamente através da aplicação móvel Lisboa Bike Sharing, já disponível para dispositivos iOS e Android. A app indica a estação mais próxima e permite, em tempo real, “saber onde existem bicicletas disponíveis”, quais as bicicletas disponíveis e, no caso das eléctricas, informa o utilizador do estado de carga das baterias. No final de cada utilização, gratuita durante os primeiros 30 minutos, já que “a ideia é as pessoas não reterem consigo as bicicletas”, a aplicação pede a avaliação da bicicleta, permitindo reportar eventuais problemas no funcionamento dos velocípedes.