Amarante quer pertencer à Rede de Cidades Criativas da UNESCO na categoria Música. A candidatura foi formalizada no passado dia 30 de Junho e o projecto, liderado pela câmara municipal, envolveu mais de 40 agentes na elaboração de um plano para os próximos quatro anos.
A aposta da cidade do distrito do Porto na música não é de hoje. Ali, realizam-se vários festivais direccionados para um público diversificado, casos do Festival Mimo, Band’arte, Há Fest, Palcos de Verão e Mercado da Música, e cerca de 1200 pessoas estão envolvidas em práticas amadoras ligadas à música, reflectindo a dinâmica associativa que se verifica em redor da área musical e que conta com uma forte representação da população jovem do município.
A juntar a estes argumentos, a oferta de ensino musical é uma presença constante nas escolas do concelho desde a década de 1980, a par da formação que as bandas filarmónicas da região oferecem. A cidade conta com cinco instituições de ensino orientadas exclusivamente para a formação musical: um conservatório de música, três escolas de música privadas e uma escola de música sacra.
A candidatura, agora apresentada, representa uma clara continuidade da aposta do município no dinamismo cultural e, mais concretamente, musical.
Ao nível da oferta de equipamentos culturais, a cidade dispõe de 710 lugares, distribuídos por quatro auditórios, e conta, ainda, com um anfiteatro ao ar livre.
No âmbito da candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, Amarante apresenta-se enquanto laboratório vivo, apontando o foco para a relevância das práticas amadoras como um vector de desenvolvimento sustentável na promoção de sectores culturais, criativos, profissionais e empresariais vibrantes.
O anúncio das cidades criativas nomeadas em 2017 será tornado público no sítio web da UNESCO no próximo dia 31 de Outubro.
A Rede de Cidades Criativas da UNESCO (UCCN) foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 2004, com o propósito de promover a cooperação entre cidades que identificaram a criatividade enquanto factor estratégico para o desenvolvimento urbano sustentável. Esta rede é, actualmente, constituída por 116 cidades de 54 países e abrangendo sete áreas criativas – Artesanato e Arte Popular, Design, Cinema, Gastronomia, Literatura, Música e Media Arts. Em Portugal, existem já dois municípios com este título – Óbidos, na área da Literatura, e Idanha-a-Nova, na Música.