Na “Harvard Business Review”, UBER e Airbnb são conceptualizados como “Platform Economy”. A meu ver, esta definição é mais acertada do que “Sharing Economy”, dentro da qual se incluiria a BlaBlaCar, mas não os dois primeiros.

Na verdade, a BlaBlaCar corresponde conceptualmente à ideia de “partilha”, na medida em que cada utilizador partilha um percurso que fará e ao qual se associam outros utilizadores, mas o valor cobrado a cada um corresponde a uma porção das despesas totais em proporção, sendo que o “promotor individual” também contribui e, nessa medida, é um negócio em que o volume total da despesa é partilhado por todos, promotor e utilizadores, e, por isso, verdadeira partilha. No pior cenário possível, o utilizador fará o percurso, mesmo depois de anunciado na BlaBlaCar, e a empresa apena​s​ é remunerada por comissão pelo valor cobrado e o promotor da viagem apenas recebe um apoio para uma viagem que fará – não terá um saldo positivo, mas apenas redução d​e​ despesa.

Ora, nesta visão conceptual, a UBER e Airbnb são mais “plataforma”, isto porque, embora o promotor coloque um “asset”, este é monetizado pelo uso e a relação com o promotor é meramente fiduciária e todo o negócio é orientado não para uma partilha, mas, antes, para a valorização de ativos, sejam eles “um carro parado com um motorista” ou “um quarto não utilizado”.

No JiTT.travel, estamos a desenvolver um modelo híbrido, plataforma e partilha, que, à semelhança dos três exemplos citados, assenta no modelo “Marketplace”. Em 2015, os nossos conteúdos foram considerados excelentes pela UNWTO – United Nations World Tourism Organization e isso foi um incentivo para fazermos mais por todos, ​que, tal ​como nós, se preocupam com a promoção da cultura como importante “asset” dos destinos e catalisador de novas viagens. Assim, criámos uma plataforma o JiTT.travel Publisher aka JiTT.me, que permite a qualquer pessoa individual ou colectiva poder, sem custos, criar a sua própria aplicação móvel.

Neste processo, o  JiTT.travel assume três responsabilidades:

#1 publicar os conteúdos nas lojas de aplicações onde está presente;

#2 partilha a sua tecnologia única (gestão de tempo no destino, tendo por base a localização do utilizador, mobilidade e tempo disponível);

#3 a promoção através do seu ecossistema de comunicação (Journal.JiTT.travel, newsletter e redes sociais).

Mas, não menos relevante, é a possibilidade da monetização de conteúdos de viagem numa única aplicação. Os utilizadores são cada vez mais seletivos nas aplicações que descarregam e, no futuro, utilizarão ​aplicações Marketplaces com​o​ o​ Booking para encontrar o hotel, o TripAdvisor para escolher o restaurante​s​ ou atividade​s​ e o JiTT.travel para aceder aos melhores conteúdos (guias de marcas, “locals”, bloggers ou “travel writes”), para optimizarem o seu tempo no destino com a companhia das melhores experiências e histórias

O melhor das viagens são as ​histórias que geram as memórias que alimentam os sonhos, ora,​ é nisso que o JiTT.travel​ está focado: em dar palco a todas as histórias de viagens para continuarmos a sonhar!