A mobilidade suave é um dos principais temas em debate no âmbito das cidades inteligentes e o pilar do desenvolvimento sustentável dos centros urbanos. Torna-se, portanto, imperativo monitorizar este tipo de investimentos e perceber o real impacto na vida dos cidadãos.
Em Portugal, como um pouco por todo o mundo, sucedem-se iniciativas, planos e investimentos relacionados com a mobilidade suave que pretendem dotar as cidades de infraestruturas e condições para a circulação de pessoas e bicicletas. Diminuir o tráfego automóvel nas deslocações de curtas distâncias e incentivar os cidadãos a optar por comportamentos mais sustentáveis são dois dos principais objetivos destes projetos. No entanto, devido à dificuldade de recolha de dados, os investimentos por parte dos municípios muito raramente são baseados em dados concretos e quase nunca existe um acompanhamento e monitorização para perceber qual o real impacto desses investimentos na vida da cidade ou região.
Atualmente, existem já soluções tecnológicas não intrusivas que permitem fazer a contagem de peões e bicicletas de forma automática, tanto em espaços urbanos como em espaços naturais. Ainda pouco utilizadas em Portugal, são amplamente utilizadas em inúmeras cidades mundiais. Copenhaga, Vancouver, Portland, Nova Iorque, Melbourne, Paris, Londres ou Singapura são apenas alguns entre muitos exemplos.
Estes dados revelam-se instrumentos fundamentais na gestão de territórios mais inteligentes e humanos, pois permitem novos níveis de eficácia na utilização dos recursos, bem como uma maior transparência na tomada de decisões. Através de contagens temporárias ou permanentes, e com apenas alguns contadores ou criando uma rede completa espalhada pelo território, estes dados permitem priorizar investimentos sabendo quando e onde é mais urgente e pertinente atuar, minimizando o risco de investimentos desnecessários ou desenquadrados da realidade. Ao mesmo tempo, permitem acompanhar as fases posteriores à implementação dos projetos e perceber qual o seu real impacto em termos ambientais, turísticos, económicos ou sociais, transformando cada euro investido em informação valiosa.

Em Vitória (Canadá), por exemplo, a Downtown Victoria Business Association disponibiliza dados gratuitos e em tempo real, informação importante quer para empresas e lojas que se queiram instalar na sua área, quer para o desenvolvimento de novos projetos. Por sua vez em França, o Département des Regions Cyclables disponibiliza informação em tempo real sobre o turismo ciclável no país e produz relatórios detalhados sobre o turismo na rede Eurovelo. Estes relatórios são enviados às entidades interessadas, como hotéis, regiões ou municípios, e constituem elementos fundamentais para perceber a variação temporal e evolução deste tipo de turismo.
Em Portugal, a UpNorth é a única empresa a disponibilizar soluções completas que incluem produtos tecnologicamente avançados e relatórios periódicos personalizados. Juntamente com alguns municípios, esta empresa da área da mobilidade e espaços naturais está a implementar este tipo de soluções, tornando as nossas cidades mais inteligentes.