2012 foi o ano em que decidi começar a utilizar a bicicleta como meio de transporte para os meus percursos diários: trabalho, compras, recadinhos e tudo o que fosse necessário e possível.

Desde aí, comprovei que a bicicleta é o meio de transporte mais eficiente.

Os litros de gasolina que teria de colocar num carro para realizar tais percursos deixaram de ser necessários. As vantagens deste meio de transporte não param por aqui. A minha saúde agradece, pois é como um dois em um: enquanto me desloco, faço exercício físico. Ajudo o ambiente, reduzindo a libertação de gases poluentes e o ruído e é muito mais rápido. Acabaram-se os minutos intermináveis às voltas na cidade à procura de estacionamento, porque é tão fácil estacionar uma bicicleta…

Num país como Portugal, é normal as pessoas ficarem admiradas quando digo que vou de bicicleta para o trabalho. E aí começam as dúvidas de sempre: “e quando chove?”, “e as subidas acentuadas?”… À questão da meteorologia, respondo que é mais uma questão de mentalidade, pois vemos países como Holanda, onde a pluviosidade é muito mais abundante e, segundo o estudo “Cidades para Bicicletas, Cidades de Futuro”, a taxa de utilização da bicicleta como meio de transporte é de 65,8%… Aos que argumentam “mas lá é tudo plano”. Pois é, tenho de concordar que isso facilita imenso e, por isso, utilizo uma bicicleta elétrica: não me canso, não chego transpirada a uma reunião, faço exercício, pois o pedal tem de estar sempre em movimento e as subidas não me assustam nada! As pessoas, aí, começam a aceitar e até a ponderar fazer o mesmo, mas o momento alto é quando experimentam. Porque uma coisa é tentar explicar o quanto uma bicicleta elétrica nos ajuda, outra é as pessoas experimentarem e perceberem que o apoio elétrico acaba com o constrangimento dos declives.

A bicicleta elétrica é o ideal para pessoas que queiram utilizá-la para a sua mobilidade diária, mesmo que tenham algumas limitações de esforço físico.

Segundo alguns estudos, 1 700 euros é o número apontado para referir a poupança realizada por ano, quando trocamos o carro pela bicicleta, tendo em conta gastos em saúde, gasolina e manutenção. No caso da bicicleta elétrica, costumam perguntar-me se gasta muito eletricidade: 0,14 euros por cada 100 Km não me parece muito!

A Get Green, em Guimarães, presta um conjunto de serviços em bicicleta, nomeadamente a transformação de bicicletas convencionais em elétricas, ou seja, se tivermos uma bicicleta normal em casa, podemos adaptá-la em elétrica. Recomendo vivamente a experimentação da bicicleta elétrica!

A publicação deste artigo integra-se numa parceria entre a revista Smart Cities e o projecto EducaBicla, com vista à promoção de formas de mobilidade sustentáveis.