Era uma inevitabilidade. Desde 2013, altura da primeira edição da iniciativa BIG, promovida pela Vodafone, que se estava mesmo a ver que o sucesso estava na forma como as soluções tecnológicas (neste caso, apps) se ligavam às cidades. E também não estranha que praticamente todos os vencedores das edições anteriores estejam ligados ao Turismo, à recepção, visitação e experiência em cidades.

Assim, a evolução de BIG Apps para BIG Smart Cities é acompanhada também pela inclusão da sueca Ericsson, que se alia à Vodafone para promover o empreendedorismo, a inovação e criatividade na busca de soluções e ideias para amenizar ou resolver mesmo problemas e desafios que se colocam às cidades hoje em dia. As áreas serão quatro: Smart MobilitySmart LivingSmart Tourism e Smart Governance.

A grande novidade deste ano é o “âmbito nacional” da competição. “Todas as cidades vão sentir imensos problemas no futuro”, refere Mário Vaz, CEO da Vodafone. “A inovação não está confinada a empresas consolidadas, empreendedores e start-ups são uma chave no processo de inovação”, acrescenta.

Esta nova tendência de “abrir espaço” para os novos atores da inovação é igualmente partilhada pelo presidente da Ericsson Portugal. Pedro Queiroz refere que “pessoas mais novas estão a desligar-se dos modelos de negócio tradicionais, optando por coisas mais em sintonia com os novos tempos”.  A comunicação será uma chave importantíssima neste novo cenário, são já 2,5 biliões de pessoas com internet móvel “e temos de entrar também neste ritmo de novas empresas de aplicações”, refere.

É aqui que todos apontam a importância das cidades no futuro (e já no presente). “Vivemos já numa situação em que passamos do estado nação para o estado cidades que dominam a criação de riqueza e garantem o bem-estar dos cidadãos. Tudo se passa nas cidades”, descreve Carlos Moedas, Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação.  “O futuro terá de ser mais aberto aos cidadãos, mais colaborativo e muito mais aberto às empresas”, acrescenta. “As empresas vão deixar de ser multinacionais para serem multi-cidades”, numa alusão às novas tendências que as smart cities estão a colocar em cima da mesa, tornando-se num eixo de desenvolvimento económico e social sem paralelo.

Prémio de dez mil euros para o vencedor

Em termos práticos, a edição deste ano do agora “BIG Smart Cities” será constituída por “uma espécie de pré-eliminatórias” a decorrer nas cidades do Porto, Coimbra, Évora e Lisboa (poderão ainda surgir outras). Os vencedores destas eliminatórias terão direito a uma prémio simbólico de 500 euros e passarão diretamente à final.

O grande vencedor do concurso (a revelar em Julho) vai receber um incentivo monetário de dez mil euros e também acederá a um projeto de incubação no Vodafone Power Lab, além de uma visita a um centro tecnológico da Ericsson na Europa.

Os 20 finalistas têm também acesso a um programa de pré-aceleração de nove semanas no qual recebem formação e mentoring.

As candidaturas já estão abertas no website www.bigsmartcities.com