É mais um português a assumir um cargo de responsabilidade internacional numa área relacionada com a inteligência urbana na consultora Deloitte, desta vez, a modernização digital do sector público. Jean Barroca é o novo Líder Global de Digital Modernization da Deloitte, juntando-se a Miguel Eiras Antunes, que, desde 2019, assume o cargo de Global Smart City – Smart Nation & Local Government Leader.
O português substitui Rebecca George, que liderava a indústria do sector público da Deloitte Reino Unido. Segundo a consultora, a nomeação resulta da “experiência conquistada pela equipa nacional, que se tem evidenciado na rede global da firma, pelos projectos desenvolvidos na área das smart cities, designadamente através da solução CitySynergyTM”, alguns dos quais geridos por Jean Barroca.
Desde que ingressou na Deloitte, em 2018, Barroca é responsável por projectos smart cities e de future of mobility, fazendo também parte da equipa portuguesa envolvida em projectos de apoio a instituições europeias. Agora, o especialista vai estar à frente de uma das áreas prioritárias para a consultora, já que a “digitalização é um caminho que tem estado presente em todos os planos estratégicos e tem sido uma prioridade transversal a todas as organizações, empresas e governos, combinando novas tecnologias e metodologias para gerar inovação em várias dimensões”.
Antes de fazer parte da consultora de origem britânica, o agora líder global da Deloitte tinha já trabalhado com o Banco Mundial, nas áreas de Open Innovation e co-design, tendo estado também envolvido em projectos financiados pela Comissão Europeia em domínios como smart cities, open data, living labs e mobilidade. “A abertura de dados para um ecossistema inovador, respeitando os direitos de segurança da informação e privacidade dos indivíduos através da agregação e da filtragem da informação a ser publicada, tem a capa- cidade de estimular mais e melhores serviços públicos de forma mais rápida e económica, seja através de iniciativas públicas, seja através de iniciativas privadas ou comunitárias, em colaboração com as autarquias”, escreveu, na altura, o especialista num artigo de opinião para a Smart Cities.
