Já começou a corrida à edição de 2025 do Prémio Capital Europeia de Turismo Inteligente (European Capital of Smart Tourism), distinção que reconhece o desenvolvimento inovador gerado pelo turismo nas cidades, contribuindo para aumentar a sua atratividade e promover o crescimento económico.
Até 31 de maio, os destinos turísticos da União Europeia (e países do programa COSME) com mais de 100 mil habitantes podem concorrer a esta iniciativa da Comissão Europeia, que define uma capital turística inteligente “como um destino que facilita o acesso a produtos, serviços, espaços e experiências de turismo e hospitalidade por meio a tecnologias de comunicação e informação”.
Para concorrerem ao título do próximo ano, as cidades devem demonstrar ações inovadoras e capacidades em quatro áreas principais – Acessibilidade, Sustentabilidade, Digitalização e Património Cultural e Criatividade. Para isso, terão de submeter as candidaturas através de um formulário online e responder a outras tantas questões que servirão de critério de avaliação: “Quão inteligentes e viáveis são as medidas implementadas?”; “Quão convincente é a abordagem estratégica em termos de ações sustentáveis e quão duráveis são as medidas ao longo do tempo?”; “Quão inclusivas são as medidas implementadas para diferentes grupos sociais?”; e “Existe um sistema de indicadores destinados a determinar a eficácia das medidas?”.
O vencedor do título de Capital Europeia de Turismo Inteligente 2025 recebe apoio especializado de comunicação e branding promocional, uma escultura de grande dimensão para ser colocada no centro do município e um vídeo promocional, além de ser escolhido pela União Europeia para diversas ações destinadas a aumentar a visibilidade da cidade.
O eleito para esta sexta edição irá suceder a Dublin (Irlanda), a atual Capital Europeia do Turismo Inteligente. Já as cidades de Pafos (Chipre) e Sevilha (Espanha) receberam o galardão de 2023, ano em que o Porto esteve entre as finalistas. No ano anterior foi a vez de Bordéus (França) e Valência (Espanha), enquanto Gotemburgo (Suécia) e Málaga (Espanha) ganharam em 2020. Helsínquia (Finlândia) e Lyon (França) partilharam o prémio de estreia, em 2019. Desde 2024 que é eleita apenas uma cidade vencedora.
Para esclarecer eventuais dúvidas, esta quarta-feira (10 de maio) acontece um workshop online, cujo registo está disponível neste link.
Pioneira Verde de Turismo Inteligente
Simultaneamente ao prémio Capital Europeia de Turismo Inteligente, decorre também o concurso Pioneira Verde Europeia de Turismo Inteligente 2025 (European Green Pioneer of Smart Tourism), este destinado a cidades entre 25 mil e 100 mil habitantes. O objetivo, diz a Comissão Europeia, é premiar destinos de menor dimensão que tenham implementado estratégias bem-sucedidas para impulsionar o turismo sustentável, através de práticas de transição ecológica.
Neste caso, a definição de cidade pioneira verde assenta em três pontos essenciais: “implementa soluções de transição ecológica para se tornar num destino turístico sustentável; gere/protege os seus recursos naturais respeitando o ambiente e a biodiversidade; usa o seu capital territorial, social e humano com vista ao crescimento do seu setor turístico”.
Por sua vez, os critérios de avaliação do júri assentam noutras quatro perguntas: “Quão significativo é o impacto das práticas verdes? E qual é o nível de inovação?; Até que ponto a comunidade local beneficia das práticas verdes?; Quão transferíveis/replicáveis são as práticas de transição verde para outros destinos?; Quão estratégico é o compromisso com uma transição verde de longo prazo como destino turístico?
A cidade italiana de Grosseto é a atual titular do prémio, numa edição que teve como finalista a portuguesa Valongo, além de Grevena, na Grécia, e do Geoparque Karawanken-Karavanke, situado na Eslovénia e na Áustria.
Os benefícios para o vencedor e o prazo para a entrega de candidaturas (31 de maio) são os mesmos do prémio Capital Europeia do Turismo Inteligente, mas neste caso o workshop de apoio a candidaturas está marcado para 11 de abril.
