Com o objectivo de fomentar a inovação e a capacidade de internacionalização das empresas nacionais ligadas ao sector das cidades inteligentes, foi apresentado no Porto, no passado dia 16 de Janeiro, o Cluster Smart Cities Portugal. Junta meia centena de entidades, das mais variadas áreas do mundo empresarial, académico e associativo nacional.
O cluster pretende alavancar o desenvolvimento e a experimentação de soluções inovadoras, com possibilidade de replicação de conceitos e modelos, assim como fomentar a criação e a competitividade de empresas ligadas ao mundo smart cities em Portugal.
CEiiA, Brisa Inovação e Tecnologia, COMPTA, Siemens e Universidade do Minho compõem a direcção do cluster. Universidade de Évora e Instituto Politécnico de Bragança assumem, respectivamente, a presidência da assembleia geral e conselho fiscal. Indra, ESRI, Ubiwhere, DNA Cascais, NEC, ZTE, Follow Inspiration, APVE, Oracle, Soltráfego, Alcatel-Lucent, Porto Digital, Focus-bc, Inocrowd, Kaizen Institute, Wattguard, Wisesome, Medidata, VPS, Microprocessador, Conteúdo Chave, Buzzstreet, Endesa, Águas de Gaia, Gfi, Philips Startup Lisboa e Rede Portuguesa de Cidades Inteligentes são apenas algumas das entidades que constituem o Cluster Smart Cities Portugal.
O incentivo ao empreendedorismo urbano é a palavra de ordem, na procura de um ambiente propício ao desenvolvimento de projectos urbanos inteligentes, em coerência com as especificidades territoriais, e de produtos e sistemas de elevado valor acrescentado para cidades inteligentes a nível global. E a iniciativa, que se apresenta como um “cluster de competitividade”, procura também a promoção de iniciativas de interclusterização.
A constituição desta plataforma só agora foi possível, depois de a candidatura ter sido apresentada ao programa Portugal 2020, em Julho de 2014. Em Novembro do ano passado, Catarina Selada, directora da Unidade de Cidades da INTELI, dava conta à Smart Cities do importante papel que o cluster irá desempenhar “ao nível da eliminação de barreiras de mercado, em áreas como a intelligence, modelos de negócio, financiamento, regulamentação, estandardização, compras públicas ou o envolvimento dos stakeholders”. Acrescentava, ainda, a possibilidade de acesso a “financiamento específico no âmbito do Portugal 2020 para o desenvolvimento de actividades de natureza colectiva” e mencionava as potencialidades ao nível do posicionamento das empresas nacionais ligadas às cidades inteligentes no mercado europeu, através de “apresentação de propostas de projectos a programas como o Horizonte 2020, COSME, LIFE+, entre outros”.