Num projecto que deu os primeiros passos em 2018, a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) está a começar a utilizar tecnologia de reconhecimento de voz na inscrição de registos clínicos. A inovação promete “transformar” a forma como se fazem este tipo de registos, acredita a empresa responsável pela nova aplicação, a Glintt.

Através do recurso a tecnologia de reconhecimento de voz, a realização de registos clínicos será simplificada, passando a ser possível passar para texto as notas clínicas diárias realizadas pelos profissionais de saúde através da voz.

A solução tecnológica desenvolvida para a Misericórdia do Porto pela Glintt, em parceria com a consultora AB Consulting, está enquadrada na estratégia de modernização adoptada pela SCMP e vem permitir que os profissionais deixem de necessitar de estar sentados a uma secretária a escrever, passando a tirar partido das possibilidades de reconhecimento de voz que a recém desenvolvida aplicação móvel permite.

Entre as vantagens possibilitadas pela utilização da solução tecnológica, estão o “aumento do tempo dedicado pelo médico ao doente”, consequência da “redução do tempo [dispendido] em tarefas de carácter administrativo”, e a maior “mobilidade” dos profissionais de saúde, que passam a poder prescindir de “um computador tradicional”, aponta Filipa Fixe, membro da direcção da Glintt.

O projecto encontra-se em “fase de exploração” desde o final de 2018 e, para breve, está prevista a expansão das suas potencialidades. Também através do reconhecimento de voz, os promotores do projecto estimam que passe a ser possível efectuar outras acções médicas, dando como exemplo a “prescrição de exames”.