Trinta especialistas em termalismo estiveram reunidos, na semana passada, nas Caldas da Rainha para preparar uma candidatura a fundos comunitários, no valor de três milhões de euros, com o objectivo de mapear e divulgar os pontos termais europeus. O objectivo da proponente da ideia, a Associação Europeia das Cidades Históricas Termais (EHTTA), é o de reunir informação on-line sobre cerca de 250 cidades termais da Europa e, assim, promover o desenvolvimento do sector.
O encontro de especialistas, provenientes de nove países europeus, teve como objectivo a preparação de uma candidatura a fundos europeus que será apresentada em Bruxelas a 14 de Março. O ponto de encontro – o município das Caldas da Rainha – encontra-se, neste momento, num processo de reabilitação das suas termas e recebera, já, em 2017, o primeiro encontro de cidades termais realizado em Portugal, altura em que o projecto para a elaboração da plataforma de referenciação e divulgação fora apresentado.
O atlas termal europeu, para o qual a Associação Europeia das Cidades Históricas Termais procura financiamento, tem como objectivo georreferenciar as termais europeias e apresentar a informação referente ao termalismo europeu de forma sistematizada dentro de uma plataforma on-line, possibilitando estudos e avaliações que potenciem a divulgação e o desenvolvimento do sector termal europeu.
Numa primeira fase, é objectivo da EHTTA disponibilizar informação sobre aproximadamente 250 cidades termais da Europa. Durante a reunião de especialistas, houve ainda lugar a uma acção, nas ruas das Caldas da Rainha, que teve como finalidade auscultar a população sobre aquilo que deve ser uma cidade termal. Através da elaboração do atlas, a expectativa, segundo Mario Crecente, responsável do conselho científico da EHTTA, é a de poder promover a reabilitação de património termal abandonado. A sistematização de informação proposta pelo atlas deverá, assim, auxiliar na avaliação da viabilidade de projectos de reabilitação de locais com recursos termais.
O vice-presidente da câmara municipal das Caldas da Rainha e membro do conselho executivo da EHTTA, Hugo Oliveira, descreveu o projecto de elaboração do atlas termal europeu como “uma alavanca para o desenvolvimento turístico e cultural”.