Estão abertas as candidaturas à edição nacional dos World Summit Awards (WSA), competição apoiada pela ONU que envolve mais de 180 países, reconhecendo e premiando soluções digitais inovadoras com impacto social. Até dia 26, os projetos nacionais podem candidatar-se ao WSA Portugal e concorrer a uma das oito categorias da iniciativa: Governo e Envolvimento dos Cidadãos; Saúde e Bem-estar; Educação e Aprendizagem; Ambiente e Energia Verde; Cultura e Turismo; Bairros Inteligentes e Urbanização; Negócios e Comércio; Inclusão e Empoderamento.

Cada estado membro da ONU é convidado a nomear os melhores projetos digitais desenvolvidos no país, com a condição de contribuíram para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, bem como para uma sociedade do conhecimento inclusiva e digitalmente acessível. Para isso, é escolhido um representado nacional, que, no caso de Portugal, é a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), responsável por liderar a pré-seleção local, através de um concurso nacional. Este ano volta a ter o apoio da ANI – Agência Nacional de Inovação, através do programa “Born from Knowledge”.

“Os vencedores no nosso país terão a possibilidade de apresentar os seus projetos na etapa mundial do WSA, onde vão competir com os melhores projetos de todo o mundo, recebendo reconhecimento global e acesso a uma rede internacional de especialistas e mentores, visibilidade para investidores e potenciais parceiros de negócios”, explica a APDC.

Podem candidatar-se todas as aplicações digitais – web, móveis, SMS, jogos e produtos interativos -, bem como dispositivos e soluções de hardware. É essencial que a solução esteja a funcionar (no mercado ou pronta a arrancar) e que não tenha sido criada há mais de dois anos. Todos os softwares utilizados devem ser licenciados.

Portugal dá cartas

Na edição de 2023, os empreendedores portugueses conquistaram dois prémios mundiais nos World Summit Awards. Primeiro destacaram-se na seleção nacional, que escolheu cinco projetos lusos, e depois entre os 40 finalistas selecionados pelo júri internacional do prémio.

Um dos projetos foi a Ethiack, uma plataforma de cibersegurança que utiliza uma combinação de hacking humano e de máquinas para oferecer uma proteção quase total contra ciberameaças. Esta ferramenta, assente em inteligência artificial e machine leaerning, garante a identificação de vulnerabilidades com uma precisão de 99%, além de uma monitorização contínua, associada à poupança de custos.

Outra plataforma Made In Portugal que conquistou o Grande Júri dos WSA é a Global Winners, um projeto inovador de autopublicação de livros pelos seus autores, seja em formato impresso ou digital. Apresentada pelo Clube de Autores, é uma espécie de “estação central” que distribui e vendes as obras em muitas outras plataformas, democratizando o acesso à publicação e leitura, com o apoio da inteligência artificial.

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