Cidades superpovoadas, transportes congestionados, infra-estruturas inadequadas e custos crescentes com a energia. Perante um problema de grande escala ao nível da gestão urbana, a região da Ásia-Pacífico centra atenções – e investimento – em tecnologias ‘smart city’. A tal ponto que, segundo um relatório deste ano da Navigant Research, o investimento cumulativo da região neste sector chegará aos 63,4 mil milhões de dólares (cerca de 46,6 mil milhões de euros), entre 2014 e 2023.
Em termos de investimentos anuais, o documento indica uma subida acentuada ao longo destes nove anos. A partir de um total de 3 mil milhões previstos para este ano, a Navigant Research acredita que o valor anual de investimento em sistemas inteligentes chegue aos 11,3 mil milhões em 2023 (8,3 mil milhões de euros).
Segundo o director de pesquisa da empresa americana, Eric Woods, “para muitas cidades do mundo ocidental desenvolvido, a adopção de abordagens de inteligência urbana é uma escolha; para as autoridades nas mega-cidades da Ásia Pacífico é uma necessidade”.
O relatório vinca, sobretudo, as oportunidades do sector ‘smart city’ para China e Índia, cuja pressão urbanística sentida nas maiores cidades ameaça ultrapassar os limites físicos dos recursos. Os investimentos previstos deverão ser aplicados, particularmente, na procura de maior eficiência na gestão de energia e água, alcançando ainda reduções de emissões de gases de efeito de estufa.