O município de Lagos e a NOVA IMS – Information Management School assinaram, na semana passada, um protocolo de colaboração no âmbito das cidades inteligentes e da gestão e tratamento de dados. Emergência climática, economia circular e sustentabilidade serão alguns dos temas que irão estar no centro desta parceria, que irá dedicar “especial atenção” ao sector do turismo e aos dados por este gerados.

A colaboração vai incluir trabalhos de formação avançada – tais como pós-doutoramentos, doutoramentos, mestrados, pós-graduações, projectos de licenciatura e outros – na temática das cidades e regiões inteligentes, e ainda projectos de investigação e desenvolvimento (I&D), actividades de transferência de conhecimento e acções e eventos de divulgação e sensibilização, promovidos no âmbito da iniciativa NOVA Cidade. Além disto, a colaboração dá ao município algarvio a garantia de que será informado sobre projectos, tecnologias e soluções desenvolvidas pela NOVA IMS nesta área, de forma a “aprofundar uma parceria em áreas técnico-científicas no âmbito de actuação deste protocolo”.

“Os municípios são estruturas chave no acompanhamento das cidades, nomeadamente por serem as entidades públicas mais próximas das populações, o que tem reflexo no planeamento urbanístico e social, por exemplo”, afirmou, em comunicado, Hugo Henrique Pereira, presidente da câmara municipal de Lagos. Para o autarca, “só mediante uma estreita colaboração entre o mundo universitário, os municípios e as comunidades intermunicipais”, é possível “garantir uma evolução significativa dos vários contextos urbanos”. Por esse motivo, acrescenta, esta colaboração assume-se como “um objectivo estratégico para a garantia da competitividade” do município, “num mundo que se digitaliza e promove a transição energética a passo acelerado”.

No seguimento da assinatura deste protocolo, o subdirector da NOVA IMS e coordenador da NOVA Cidade, Miguel de Castro Neto, defendeu a importância de os municípios desenvolverem estratégias municipais, mas também de “olhar para as diferentes escalas territoriais” e como estas se podem articular de modo a ser possível “explorar o potencial de transformação digital e construir novas abordagens”.

Ainda em comunicado, as duas entidades dizem partilhar a crença de que “a verdadeira inteligência urbana apenas acontece quando quem governa o território for capaz de estabelecer estratégias que conduzem à construção da cidade como plataforma, criando as condições necessárias e suficientes para, tirando partido da gestão da informação e da ciência dos dados alavancada no big data, alterar radicalmente o paradigma de planeamento e gestão das nossas cidades e vilas”.