O Portugal Smart Cities Summit começa hoje: de 11 a 13 de Outubro, aquele que é o principal evento nacional dedicado às cidades inteligentes tem lugar na FIL – Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações.
Enquanto ponto de encontro do sector, o certame, que conta com um programa de conferências para os três dias, é uma montra de exposição daquilo que está a ser feito em Portugal no âmbito da sustentabilidade e da inteligência territorial. Empresas, municípios e outras entidades compõem a lista de expositores presentes no Portugal Smart Cities Summit e que querem, aqui, dar a conhecer soluções e iniciativas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades e para uma maior eficiência no uso dos recursos.
Conheça algumas das empresas presentes:
F.Fonseca, Pavilhão 04, Stand 4C20

Nuno Soutinho é gestor de produto da área IoT e Instrumentação da F.Fonseca, que representa a marca Advantech em Portugal.
“Um sector em crescimento” e municípios “cada vez mais conscientes” das “muitas” vantagens de adoptar soluções de inteligência caracterizam o sector actual das smart cities em Portugal. Esta é, pelo menos, a visão de Nuno Soutinho, gestor de produto da área IoT e Instrumentação da F.Fonseca.
Com diversas áreas de actuação, a empresa representa a marca Advantech, trazendo ao mercado nacional soluções IoT “desenvolvidas especificamente para as smart cities, e não só”, e dispondo de “um corpo técnico/comercial capaz de aconselhar e ajudar os clientes durante o projecto e o comissionamento deste tipo de soluções”, explica o responsável.
Ciente de que as oportunidades de financiamento, como as que resultam do Plano de Recuperação e Resiliência, podem ser mecanismos para alavancar este mercado, na visão de Nuno Soutinho, “a partilha de casos de sucesso entre os diversos municípios poderá fazer toda a diferença”.
A presença da F.Fonseca no Portugal Smart Cities Summit justifica-se com a vontade de “partilha de contactos e de conhecimento sobre o que existe de novo” neste domínio. Do seu lado, a empresa de Aveiro vai contribuir apresentando no seu espaço “diferentes soluções para monitorização de sinais sem fios, utilizando tecnologias como o LoRa, LPWAM e 5G para comunicar, por exemplo, os valores medidos de contadores de água/electricidade/gás para as empresas de distribuição ou para os próprios municípios”.
Kyndryl Portugal, Pavilhão 04, Stand 4B10
Com experiência na gestão de infra-estruturas críticas e no desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras, a Kyndryl apresenta-se no Portugal Smart Cities Summit como um “player em crescimento num sector em constante expansão e mudança” e cujas soluções pretendem “contribuir para cidades mais inteligentes, mais sustentáveis e eficientes” e proporcionar “aos seus cidadãos uma qualidade de vida superior”.

João Carvalho é head of sales, business development & alliances da Kyndryl Portugal.
Há já alguns anos que esta empresa, spin-off da IBM, trabalha no mercado das smart cities nacional – um sector que, para João Carvalho, head of sales, business development & alliances da Kyndryl Portugal, “deixou claramente de ser uma tendência, assumindo-se como uma realidade estruturada e com um peso e [uma força] cada vez maiores na nossa sociedade”.
Do trabalho desenvolvido e da experiência adquirida ao longo dos anos resultou um portefólio de soluções que se aplica não só a câmaras municipais, mas também “a todo o ecossistema de municípios, comunidades intermunicipais, áreas metropolitanas, comissões de coordenação e desenvolvimento, entre outras”, adianta o gestor. As principais estarão em demonstração durante o Portugal Smart Cities Summit, começando pelos mais recentes desenvolvimentos nas soluções para gestão de estacionamento e de iluminação pública e para a medição da qualidade do ar, passando pelas plataformas de gestão de iluminação pública e de gestão de medição de consumos de água desenvolvidas pela equipa do Centro de Competências de smart cities da empresa. Além disso, está ainda prevista a demonstração da nova tecnologia Kyndryl XRaaS, que consiste numa plataforma de Realidade Estendida como Serviço, “que poderá contribuir para a criação de experiências virtuais imersivas de rápida implementação para o treino e aprendizagem de protocolos, capacidades e resposta rápida”, explica João Carvalho.
“A transformação digital das nossas cidades é uma realidade, com vários municípios a desenvolverem iniciativas e medidas que utilizam a tecnologia para gerirem melhor as cidades, seja no trabalho realizado pelos serviços públicos, [seja no] desenvolvimento de tecnologias que ajudem a controlar custos e utilização de iluminação ou água, etc.”, constata o responsável. Crente de que “o progresso está acessível a todos”, o compromisso da Kyndryl passa por ser “agente de mudança na transformação de mentalidades e no desenvolvimento de soluções que contribuam, no final de contas, para cidades mais inteligentes e sustentáveis, e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.
Waste to Me, Pavilhão 4, Stand 4B20

Papeleira inteligente, Waste to Me.
Criada em 2020, a Waste to Me quer afirmar o seu posicionamento na área da gestão de resíduos “criando valor e apresentando soluções tecnológicas na contentorização, equipamentos de recolha e na optimização do serviço”.
Pedro Tomé é o CEO e co-fundador desta empresa de Fernão Ferro, que reconhece a importância de estar presente no Portugal Smart Cities Summit para “apresentar e demonstrar” serviços e produtos.
No stand da Waste to Me, não há apenas uma solução em destaque, mas várias: desde um sistema de recolha de resíduos bilateral a sistemas de controlo de acesso, passando ainda por uma solução inovadora de inteligência artificial para reconhecimento do tipo de resíduo. “Estamos expectantes em criar novas parcerias e atrair novos clientes [durante o evento]”, partilha o CEO.
Em Portugal, o sector das smart cities – e dos resíduos, em particular – deu “um salto significativo” nos últimos anos, avalia Pedro Tomé. Mas, na óptica deste gestor, há ainda trabalho a fazer. “Temos muito a implementar, a inovar, mas, principalmente, [há que] educar e sensibilizar as pessoas para o tema dos residuos e [para] o impacto que a acção individual pode ter influência no bem-estar de todos nós e no impacto ambiental associado”, alerta.