Hoje é o segundo dia da sexta edição do Portugal Smart Cities Summit, o principal evento nacional dedicado às cidades inteligentes que decorre entre os dias 11 e 13 na FIL – Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações.
Enquanto ponto de encontro do sector, o certame, que conta com um programa de conferências para os três dias, é uma montra de exposição daquilo que está a ser feito em Portugal no âmbito da sustentabilidade e da inteligência territorial. Empresas, municípios e outras entidades compõem a lista de expositores presentes no Portugal Smart Cities Summit e que querem, aqui, dar a conhecer soluções e iniciativas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades e para uma maior eficiência no uso dos recursos.
Conheça algumas das empresas presentes:
Ubiwhere, Pavilhão 04, Stand 4B04
Há já 15 anos que a Ubiwhere se dedica à inteligência das cidades e, por isso, não é de estranhar que marquem presença naquele que consideram ser “o principal” evento do sector em Portugal. “Enquanto empresa tecnológica, com 15 anos de actividade neste mercado, sentimos como imperativo marcar presença e, desta forma, apresentar as novidades e upgrades das nossas plataformas, assim como dar visibilidade ao crescente número de territórios com quem já trabalhamos”, afirma Nuno Ribeiro, co-CEO.
Cem por cento portuguesa, esta empresa sedeada em Aveiro vê nas smart cities um “mercado estratégico e basilar” da sua actividade, que consiste na investigação e desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para melhorar a inteligência e sustentabilidade urbanas. “Procuramos imprimir um profundo trabalho de investigação em todos os produtos que desenvolvemos e pomos no mercado, enquanto uma garantia de que temos um portefólio de produtos e serviços alinhado com as tendências de futuro de desenvolvimento tecnológico e, simultaneamente, que responde eficazmente às necessidades do presente e do futuro das cidades”, acrescenta.
Desta vontade têm resultado, ao longo dos anos, muitos projectos e produtos em domínios diversos, como o estacionamento inteligente (solução Smart Parking) ou a recolha inteligente de resíduos urbanos (solução Smart PAYT, já adaptada à recolha de biorresíduos). Entre as principais soluções da Ubiwhere, destaca-se a Plataforma Urbana – um “sistema para a agregação e harmonização de dados, independentemente do fornecedor, que permite uma gestão unificada e interrelacionada de toda a cidade, facilitando desta forma a tomada de decisão e a monitorização constante da concretização de objectivos de desenvolvimento sustentável da cidade”. Tudo isto está em exposição na FIL, havendo ainda um extra para quem passar no stand da Ubiwhere: “os visitantes serão bem recebidos, por uma equipa solícita e prestável e pelos doces ovos moles de Aveiro, que trazemos sempre da nossa cidade”, garante Nuno Ribeiro.
Um dos desejos da Ubiwhere passa por “antecipar o futuro”, e isso, segundo o responsável, é algo comum a muitas das pessoas com quem a empresa tem trabalhado. “Através do nosso contacto próximo com as cidades, temos conhecido decisores e técnicos formidáveis que estão ávidos para implementar mecanismos para a geração de inteligência no seu território e, dessa forma, promover melhor qualidade de vida aos seus habitantes”, revela. Todavia, o caminho é sempre mais difícil para “os primeiros que pretendem fazer algo inovador”, lamenta o gestor, apontando a “imprevisibilidade e o quadro administrativo que limita a actuação das entidades públicas”. Embora não exista uma solução imediata, o co-CEO da Ubiwhere está convicto de que “o sector das smart cities irá, por isso, beneficiar e expandir-se (o que implica dizer, um benefício e uma expansão da qualidade de vida das pessoas) se forem criados, incentivados e diversificados contextos de experimentação e co-criação que permitam a geração de inovação em ambiente urbano, compreendendo e suavizando os riscos políticos e financeiros a ela inerentes”.
Warpcom Services, Pavilhão 04, Stand 4A05
Que necessidades preocupam os municípios e as comunidades intermunicipais e que soluções tecnológicas podem ajudar a responder a essas preocupações são as questões que motivam a Warpcom Services a estar, mais uma vez, presente no Portugal Smart Cities Summit, numa forma de “disponibilizar o conhecimento e a capacidade” desta empresa para “apoiar nos desafios que as cidades vão ter de enfrentar”.
Dentro da Warpcom Services, António Cabral é o especialista no tema das cidades inteligentes e revela qual a principal atracção da empresa para o sector: a plataforma Thinking City, uma solução horizontal centralizada e interoperável que permite, de “forma segura e escalável”, integrar diversos verticais da gestão de uma cidade.
As potencialidades desta plataforma podem ser conhecidas no stand da empresa, que apresenta ainda uma solução no âmbito do turismo sustentável – a WarpAnalytics – Análise de Visitantes. Para conhecer, há ainda referências a outras ferramentas da marca na área da gestão inteligente de edifícios e espaços de trabalho e soluções para a indústria que “versam a implementação de sensorização para recolha e tratamento de dados no âmbito da manutenção preventiva e da cibersegurança IT/OT”, explica o responsável.
Na sua actividade, a Warpcom Services garante ter desenvolvido um “ecossistema de parceiros com os principais players do mercado” e pretende, com a Thinking City, contribuir para a transformação digital das cidades portuguesas. “O tema das cidades inteligentes em Portugal ainda tem um grande caminho a percorrer”, avalia António Cabral, apontando a criação de “uma visão global para o país que sirva de base para todos os municípios” como “um dos maiores desafios” que se apresentam ao sector. Essa visão seria, na óptica deste responsável, um apoio às autarquias para “a elaboração e desenvolvimento das infra-estruturas e plataformas de gestão, garantindo a interoperabilidade e a integração”.
“Esta visão integrada irá ajudar e facilitar o financiamento e desenvolver o conhecimento da comunidade, acelerando a execução e implementação dos projectos. Uma comunidade conhecedora dos desafios e soluções estará seguramente mais bem preparada para transformar a sua cidade, a sua comunidade e a sociedade”, afirma António Cabral.
Yelco Technologies, Pavilhão 04, Stand 4A02
“Ajudar empresas no mercado de telecomunicações e de gestão de águas e infra-estruturas a criar valor utilizando novas tecnologias” é o objectivo que leva a Yelco Technologies ao Portugal Smart Cities Summit. “Queremos fazer parte da solução para redes mais eficazes e sustentáveis, através da inovação nos seus equipamentos, e ajudar entidades a expandir as suas redes de telecomunicações de forma conveniente. Ambicionamos consciencializar o público envolvido no mercado para a otimização de redes com soluções viáveis e práticas”, afirma Williams Cunha, special project manager.
Desde sempre ligada ao mundo das telecomunicações, a Yelco Technologies dedica-se ao desenvolvimento de redes FiberLAN/GPON e à implementação de sensores de fibras ópticas, que, explica o especialista, permitem a “detecção de variações de temperatura, tensão e vibrações, permitindo assim a aplicação em variadas áreas como a detecção de incêndios, de fugas de água, ou a aferição da estabilidade de infra-estruturas como pontes, túneis, edifícios, etc.” Durante o certame, será possível saber mais sobre as soluções da Yelco Technologies em sessões de 15 minutos, que acontecem três vezes por dia (11h, 15h e 17h).
Para Williams Cunha, Portugal é “um dos mercados mais dinâmicos da Europa ao nível das telecomunicações”, o que se deve também ao facto de as cidades estarem “mais focadas em se tornarem user friendly” e explorarem soluções nesse sentido. Mas, admite, há “ainda com um grande caminho para percorrer ao nível da eficiência e sustentabilidade energética”.
Aumentar a sensibilização do público para as questões ambientais e para as vantagens das novas tecnologias tem sido uma preocupação desta empresa. “Queremos mostrar às entidades que o investimento em tecnologia inovadora é um valor acrescentado, que traz benefícios a longo prazo e em larga escala. Não é um custo sem retorno. Conscientes destes benefícios, com este investimento, as entidades gestoras têm a oportunidade de ganhar mais autonomia e capacidade de investimento, sem tornar os processos de validação e aquisição complexos e burocráticos”, conclui.