A Rede Colaborar do centro de investigação Fraunhofer já desenvolveu mais de mil actividades com quatrocentos utilizadores seniores de tecnologias com o objectivo de fazer testes de usabilidade e acessibilidade a soluções tecnológicas.
Entrevistas, sessões de observação do dia-a-dia e de discussão em grupo, inquéritos e avaliação de experiências de utilização. Todos eles métodos aplicados com o intuito de retirar conclusões sobre o modo como se relacionam os mais idosos com a tecnologia.
O centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS, com sede no Porto, é o principal beneficiário dos dados recolhidos na rede Colaborar. Através de um “living lab”, criado para a realização de testes, os seniores são colaboradores activos no trabalho de investigação ao experimentarem dar uso a smartphones, tablets ou computadores. Ao serem voluntários estes utilizadores além de contribuírem para o desenvolvimento de soluções com maior nível de adaptação a vários grupos etários, adquirem, ao mesmo tempo, novos conhecimentos sobre as novas tecnologias.
Durante o contacto entre os investigadores e utilizadores finais, mais de 20 projectos servem de auxiliares para testar as apetências dos mais velhos, tais como: o AlzNav improvements (investigação de dois conceitos de navegação diferentes), ChefMyself (solução de apoio na preparação de refeições) ou o Dance! Don’t Fall (aplicação que monitoriza o risco de queda dos utilizadores ao fazerem exercício físico).
Entre as mais de 30 instituições parceiras da Rede Colaborar, que inclui médicos, terapeutas e familiares, encontram-se a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson, o Instituto de Oncologia Dr. Francisco Gentil, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Santa Casa da Misericórdia do Porto ou a Universidade Sénior Contemporânea.
Segundo o Fraunhofer, o projecto está “aberto ao exterior, podendo qualquer empresa ou organização recorrer a esta rede de utilizadores como forma de recolher as sugestões e expectativas deste público-alvo a novos produtos e serviços”.
A Rede Colaborar está activa desde finais de 2011, estando receptiva a novas inscrições de candidatos a voluntários para a criação de tecnologias do futuro mais intuitivas.
