A Organização Internacional de Normalização (ISO, na sigla em inglês) veio sublinhar, no passado dia 23, a importância das normas acordadas internacionalmente no apoio aos mais vulneráveis perante a pandemia de covid-19.

Para garantir que “ninguém fica para trás” e que os membros mais vulneráveis das comunidades têm a assistência necessária, a ISO considera que as estratégias de apoio a adoptar podem ser colocadas em prática de forma “muito mais rápida” sempre que existem “linhas orientadoras internacionalmente acordadas” para serviços de emergência, organizações de apoio social, associações e governos.

A ISO exemplifica, na sua exposição, com a norma ISO 22395, lançada em 2018 e respeitante à resiliência comunitária. Esta norma fornece linhas orientadoras para apoio a pessoas vulneráveis em situação de emergência, com o objectivo de auxiliar organizações de apoio social na identificação e na ajuda prestada a estes cidadãos.

A identificação dos mais vulneráveis e daqueles em maior risco “é o primeiro grande desafio”, lê-se no texto da organização internacional responsável pela introdução de normas internacionais. De seguida, desenvolvem-se estratégias de acordo com as necessidades das pessoas e estas são “preparadas para serem ajudadas e para se ajudarem a elas próprias”.

Para “estes tempos” de pandemia, a ISO destaca a necessidade de uma “maior mobilização de voluntários”, de pessoas que “têm vontade [de ajudar], mas não têm necessariamente os conhecimentos ou a experiência” necessárias. As orientações que constam da norma ISO 22319 podem, neste caso particular, “ajudar as organizações envolvidas na coordenação de respostas a gerir o processo de mobilização de voluntários e na sua integração efectiva nas actividades de resposta” à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Na resposta a situações como a que se vive actualmente, a organização dá destaque particular à importância da “resiliência comunitária” e ao potencial “enorme” que a ajuda voluntária pode representar neste momento.