O centro histórico da cidade de Ávila, em Espanha, vai ficar mais inteligente graças à instalação de uma ferramenta de gestão avançada, composta por uma rede de sensores que permitirá uma melhor gestão energética dos edifícios, bem como o controlo e a gestão do fluxo de visitantes. A iniciativa surge no âmbito do projecto europeu Smart Heritage City (SHCity), apresentado no início desta semana na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
A ferramenta de gestão criada pelo projecto tem como objectivo alcançar uma melhor gestão dos centros históricos, facilitando a tomada de decisão por parte das autoridades competentes e alargando o conceito de smart city a Smart Heritage City. Os dados que serão recolhidos pelos sensores instalados vão permitir monitorizar e responder às necessidades e factores de risco que afectem os edifícios e as zonas envolventes. No final do projecto, os resultados alcançados servirão de base para aplicação futura noutros países do espaço europeu.
Ávila foi a cidade escolhida para a implementação do projecto, já que foi declarada como Património Mundial pela UNESCO e integra a Rede Espanhola de Cidades Inteligentes. Para além disto, a cidade espanhola contava, já, com dois exemplos de património monitorizado, casos da muralha e da catedral.
O SHCity é financiado pelo programa Interreg Sudoe, que apoia o desenvolvimento regional no Sudoeste da Europa através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Aprovado no início de Julho de 2016, tem a duração prevista de dois anos e conta com um orçamento de 1,2 milhões euros. No projecto, participa uma equipa multidisciplinar de profissionais portugueses, espanhóis e franceses e algumas entidades, como são: a Fundação Santa María la Real do Património Histórico, o Instituto Tecnológico AIDIMME, o Centro de Tecnologia Cartif, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a NOBATEK, o Centro tecnológico TECNALIA e a autarquia da cidade de Ávila. Em Portugal, também integram o projecto a Direcção Regional de Cultura do Norte, a câmara municipal de Cascais e a Parques de Sintra – Monte da Lua.
