Lisboa está novamente entre as cidades finalistas ao título de Capital Verde Europeia, desta vez, para 2020. Na corrida contra a maior cidade portuguesa, estão Ghent (Bélgica) e Lahti (Finlândia), que querem também ver o trabalho que têm feito para se tornarem cidades mais amigas do ambiente oficialmente reconhecido por Bruxelas.

Em comunicado, a câmara municipal de Lisboa afirma que “esta escolha é já um justo prémio para valorizar as políticas de qualificação urbana e ambiental que têm vindo a ser adoptadas de uma forma consistente nestes últimos anos na cidade”, pelo que a autarquia considera que “estão reunidas as condições para que o prémio seja atribuído a Lisboa e vai empenhar-se totalmente nesta segunda fase para atingir esse objectivo”.

O título de Capital Verde Europeia é atribuído todos os anos pela Comissão Europeia a cidades com mais de 100 mil habitantes e reconhece os compromissos das municipalidades no que se refere à sustentabilidade ambiental, social e económica. Para isso, são analisados 12 parâmetros: mitigação e adaptação às alterações climáticas, mobilidade urbana sustentável, planeamento urbano sustentável, natureza e biodiversidade, qualidade do ar, ruído, resíduos, água, crescimento verde e eco-inovação, eficiência energética e governança.

As estratégias das cidades finalistas serão agora avaliadas por um júri técnico internacional e as vencedoras serão anunciadas em Junho, numa cerimónia que terá lugar em Nijmegen, a detentora do título Capital Verde Europeia 2018.

Esta não é a primeira vez que Lisboa está no lote das finalistas. A capital portuguesa esteve muito perto de conseguir este título para 2019, mas acabou por ver a distinção ser atribuída a Oslo. A cidade norueguesa foi a grande vencedora, em grande parte pela sua abordagem à conservação de áreas naturais e restauração da rede de vias navegáveis.

 

 

Até agora, desde a criação do prémio, foram dez as cidades europeias distinguidas: Estocolmo, Suécia (2010); Hamburgo, Alemanha (2011); Vitoria-Gasteiz, Espanha (2012); Nantes, França (2013); Copenhaga, Dinamarca (2014); Bristol, Reino Unido (2015), Ljubljana, Eslovénia (2016); Essen, Alemanha (2017); Nijmegen, Holanda (2018); e Oslo, Noruega (2019).

Para além das finalistas à Capital Verde Europeia, foram também anunciadas as cinco escolhidas para disputar o prémio Green Leaf 2019, que se destina a cidades mais pequenas. Na corrida estão Cornellà de Llobregat (Espanha), Gabrovo (Bulgária), Horst aan de Maas (Holanda), Joensuu (Finlândia) e Mechelen (Bélgica).

Recorde-se que Torres Vedras recebeu, em 2015, a distinção para as cidades mais pequenas, em reconhecimento da sua estratégia para a mobilidade, esforços na preservação da biodiversidade e medidas para a gestão da água.