Os municípios de Oeiras, Amadora, Sintra e a Parques de Sintra – Monte da Lua vão unir-se no projecto Eixo Verde e Azul, uma iniciativa que pretende requalificar a bacia hidrográfica do Jamor, assim como a área circundante do Palácio Nacional de Queluz, num percurso de 15 quilómetros que une os três concelhos.
No âmbito do projecto Eixo Verde e Azul, serão requalificados 50 hectares e serão criados outros 100 de “novos” espaços verdes, ao longo da ribeira de Carenque e do rio Jamor, desde a nascente na Serra de Carregueira, atravessando Belas e Queluz, até à foz, na Cruz Quebrada.
Para além de aproximar as populações do litoral e da natureza, através de um percurso directo em contacto com espaços verdes, a intervenção trará benefícios ao nível da prevenção de risco de cheias.
A intervenção pretende ajudar à qualidade das massas de água do Jamor e seus afluentes, assegurando o controlo dos caudais, e recuperar as estruturas naturais do concelho e contribuir, assim, para a biodiversidade e flora autóctone da zona.
Dos 15 quilómetros previstos, numa primeira fase, será intervencionado um troço de 3,5 quilómetros, entre o Passeio Marítimo, no Dafundo, e a Senhora da Roca. Aqui será também ser criado um percurso pedonal e ciclável, que ligará Carnaxide a Algés. A ideia é que os corredores verdes previstos sejam também eles estruturas de mobilidade alternativa para os cidadãos.
O protocolo que dá luz verde à criação do eixo ecológico foi assinada em Julho de 2016. Só no município de Oeiras, a intervenção, que deverá estar finalizada no primeiro semestre de 2018, compreende 7,4 quilómetros, orçada em 3,1 milhões de euros, dos quais 670 mil têm origem nos fundos comunitários. Em termos globais, a primeira fase do projecto vai representar um investimento de 11 milhões de euros.
A estrutura ecológica do concelho de Oeiras foi prevista na revisão do Plano Director Municipal. No documento, estão incluídos todos os corredores verdes das ribeiras, assim com os transversais, ligando as ribeiras existentes entre si. Para além disto, Oeiras definiu ainda um plano estratégico a 15 anos para as ribeiras, que prevê a recuperação das principais linhas de água do concelho e que conta com um orçamento de 50 milhões de euros.