Duas instituições portuguesas vão criar um observatório para o restauro da natureza, depois da aprovação da lei europeia. O objetivo será apostar na conservação da biodiversidade.
O novo instrumento para a conservação da natureza vai ser criado, em parceria, pelo centro de investigação científica MARE e o Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED).
Segundo é possível ler no site do MARE, o observatório tem como objetivo “contribuir para o desenvolvimento de estratégias eficazes para a conservação da biodiversidade, e a promoção da sustentabilidade”, através do desenvolvimento e promoção de projetos inovadores que contribuam para o restauro ecológico, que “incorporem soluções baseadas na natureza”.
O Observatório vai reunir especialistas das duas instituições, que irão contribuir com conhecimento técnico e científico em áreas como a biologia, ecologias, agronomia e a engenharia. O novo instrumento permitirá, segundo um comunicado das instituições, “uma melhor orientação de políticas públicas de conservação e restauro ambiental, que integrem práticas que respeitem a sustentabilidade social e económica”.
Para Pedro Raposo de Almeida, diretor do MARE, “os dois centros reforçam através desta parceria a capacidade de colaborar com instituições, empresas e outros atores-chave na abordagem aos desafios ambientais complexos e prementes, como a perda de biodiversidade, a degradação dos ecossistemas aquáticos, as alterações climáticas e a escassez hídrica.”
A parceria surge na Década da Restauração de Ecossistemas da ONU e coincide com a aprovação da Lei do Restauro da Natureza pela União Europeia. O Observatório também impulsionou a criação de um curso intensivo em Restauro Ecológico na Universidade de Évora, com apoio do programa Erasmus+.
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