A cidade do Porto e sete outras cidades europeias têm disponíveis três milhões de euros, no âmbito do projecto europeu SynchroniCity, para promover o desenvolvimento da digitalização urbana através de serviços para os cidadãos e soluções capazes de responder aos mais variados desafios urbanos. As candidaturas decorreram até 30 de Setembro e, para a cidade do Porto, a procura esteve orientada para soluções que melhorem os campos da mobilidade, participação cívica, ambiente e bem-estar.

Manchester (Inglaterra), Helsínquia (Finlândia), Milão (Itália), Antuérpia (Bélgica), Carouge (Suíça), Santander (Espanha), Eindhoven (Países Baixos) e, finalmente, Porto. Estas são as oito cidades candidatas a receber mais de três milhões de euros no âmbito da plataforma SynchroniCity, constituída por um consórcio de 39 entidades de 13 países e três continentes.

São, no total do projecto, 20 milhões de euros de investimento, dos quais 15 milhões provêm da Comissão Europeia, com o objectivo de promover a digitalização das cidades e a criação de um mercado global de Internet das Coisas (IoT), que permita a municípios e empresas o desenvolvimento de serviços digitais. No caso da candidatura da cidade do Porto, o foco está orientado para as questões do envolvimento do cidadão, mobilidade, ambiente e bem-estar.

Cada município procura soluções tecnológicas em áreas diferentes, desenvolvidas por empresas e pelos próprios municípios, e, no caso do Porto, procuram-se aplicações capazes de trazer mais-valias à mobilidade da cidade, à participação cidadã, ao ambiente e ao bem-estar. O Porto participa no projecto europeu através da associação Porto Digital, que promove a digitalização da cidade. O objectivo passa pela expansão dos serviços prestados através da infra-estrutura tecnológica já existente na cidade, de que são exemplos a rede de fibra óptica ou a rede Wi-Fi.

Os projectos submetidos pelas cidades candidatas devem, obrigatoriamente, tirar partido da plataforma SynchroniCity, orientada para a partilha de serviços digitais, devendo ainda ter em atenção a contribuição dos cidadãos enquanto agentes de inovação urbana. Outro dos objectivos da plataforma é o alargamento da rede de parceiros e a partilha de aplicações, pelo que as soluções apresentadas devem ser de fácil replicação para outras cidades.

No final, serão seleccionadas entre 15 e 25 soluções para implementação, a partir do início de 2019, em três das cidades envolvidas no projecto. Cada uma destas propostas terá direito a financiamento de entre 100 mil euros e 300 mil euros.

As candidaturas podem ser desenvolvidas em regime de consórcio de empresas e em regime de parceria entre cidades europeias.

 

 

 

Notícia rectificada às 14:00, 02 de Outubro 2018