Tornar o processo de tomada de decisão de uma organização como o Crédito Agrícola mais ágil, célere, sustentável e informado é um grande desafio, mas a ferramenta portuguesa Smart Governance está a passar no teste com distinção. 

 

Nasceu há mais de um século e, desde aí, o Crédito Agrícola (CA) tem-se afirmado como um dos principais grupos financeiros em Portugal. Nos últimos três anos, decidiu dar um salto em termos de inovação e implementar uma solução capaz de agilizar o processo de tomada de decisão interno. O Smart Governance, solução desenvolvida pela portuguesa CAVEDIGITAL, foi a ferramenta escolhida e, depois de uma fase piloto, em 2014, está já a ser utilizada, desde então, nas diversas empresas do grupo.

De cariz 100% nacional, o Smart Governance é uma solução que possibilita a desmaterialização de ecossistemas de tomada de decisão e é hoje utilizada na Banca, Administração Pública Central e por executivos municipais, como Lisboa, Porto, Cascais, Almada, Santarém, Guimarães e Loulé, tanto em processos internos, como fazendo a ligação entre as câmaras e as assembleias municipais.

Por que precisa o Crédito Agrícola de uma solução como esta? Antes da implementação do Smart Governance, o processo da tomada de decisão, em si, “não era complexo, mas era complicado”, descreve Jorge Baião, administrador executivo do CA Serviços. Embora existisse já a tendência para a digitalização dos vários procedimentos, quando se passava para o estágio de decisão, havia ainda a necessidade de imprimir toda a documentação, o que retirava muito tempo aos intervenientes, representava custos e era uma prática pouco sustentável do ponto de vista ambiental. “A preparação dos conselhos [de administração] e das argumentações para a tomada de decisão implicava a impressão de muitos documentos, era muito papel, e, para além disso, havia todo o processo, que tinha de ser começado dias antes, dada a quantidade dos lavores administrativos”, lembra o responsável. Reduzir o papel e o tempo associado a todo este procedimento era, sem dúvida, uma necessidade. E, para além disso, havia ainda a vontade de introduzir inovação ao grupo, impulsionada, na altura, por uma nova equipa na liderança da qual Jorge Baião faz parte.

A solução existia no mercado e o facto de ser portuguesa foi também um elemento decisivo, em linha com as directrizes do CA, garante o gestor –

“Tentamos sempre que possível e em ambientes comparáveis escolher fornecedores nacionais”.

A implementação do Smart Governance começou em 2014, numa espécie de fase piloto no CA Serviços ACE e na CA Informática SA, sendo imediatamente alargada à Caixa Central e à SGPS. Os benefícios começaram a aparecer e para além da redução do papel e do tempo de preparação necessário, houve outros efeitos “colaterais” positivos, como a possibilidade de “libertar pessoas para funções mais interessantes do que tirar fotocópias” ou o acesso a mais informação, “tornando a tomada de decisão mais rica, já que toda a argumentação é feita na ferramenta”. Nesse mesmo ano, o Smart Governance já estava em utilização em várias empresas do grupo.

A complexidade da estrutura de uma entidade como o CA implicou também algumas adaptações àquela que era a solução original apresentada pela CAVEDIGITAL, nomeadamente no que respeita ao conceito de decisão colaborativa entre organizações. Tendo em conta a natureza cooperativa do grupo, este era um factor importante a introduzir, já que “as várias estruturas têm de estar em permanente comunicação”, explica Jorge Baião. A necessidade foi atendida e introduzida na ferramenta, sendo hoje um argumento de venda do Smart Governance. Para o administrador da CA Serviços, esta abertura da empresa portuguesa para “verter para a ferramenta as sugestões positivas dos clientes” é, sem dúvida, uma das mais-valias da solução, permitindo que cada um beneficie dos vários inputs que vão sendo dados.

Olhando em retrospectiva, o balanço é positivo. “Hoje, temos uma ferramenta que é simples e, tendo em conta o estágio anterior à adopção, estamos nos antípodas para melhor. Os objectivos que tínhamos estão a ser cumpridos cabalmente, agora, queremos estender a solução!”, exclama o responsável. A ideia é a de continuar, garante Jorge Baião:

“Já levámos a solução para empresas do grupo, inclusivamente as seguradoras e, este ano, vamos paulatinamente avançar para as Caixas de Crédito Agrícola locais”.

CA, o banco cooperativo

 

O Crédito Agrícola nasceu em Portugal em 1911, pouco tempo depois da implantação da República, todavia as suas raízes históricas remontam a finais do século XV com o aparecimento das Santas Casas de Misericórdia. Desde a década de 1920, o Crédito Agrícola tem vindo a evoluir e solidificar a sua posição, reflectindo também neste percurso aquela que foi a História do nosso país nos últimos 100 anos.

Actualmente e com cerca de 82 entidades bancárias associadas e 670 agências em todo o país, a ligação às regiões tem sido uma das bandeiras do grupo. O facto de ser uma entidade cooperativa tornam-na mais próxima das comunidades, assumindo sem restrições a vontade de contribuir para a promoção e desenvolvimento económico das várias regiões do país em que actuam, à medida que responde às necessidades dos seus clientes. Para ilustrar esta aposta, em 2013, a assinatura do grupo passou a ser “O Banco Nacional com Pronúncia Local”, o que assumiu o CA como uma instituição financeira “que conhece, como nenhuma outra, as pessoas e as várias regiões do país, contribuindo significativamente para o desenvolvimento socioeconómico local e consecutivamente, para a economia nacional”, lê-se no portal on-line do CA.

 

Em conversa com a Smart Cities, Jorge Baião explica a génese do grupo e assume orgulhosamente algumas características que o distinguem dos restantes, começando, desde logo, pelo seu cariz cooperativo. “É um grupo que nasce de fora para dentro”, conta o gestor, “são comunidades locais que se juntam com determinado objectivo, o que leva também a um mecanismo de governance distinto dos restantes players do mercado financeiro. Não se trata de uma leitura accionista que exige determinado retorno”. Aliado a esse cariz cooperativo, o CA acaba por ter uma ligação de grande proximidade com as regiões, acentuando também “uma natureza social, de investimento e promoção, bastante desenvolvida”. Por último, Jorge Baião acrescenta ainda “uma abordagem conservadora de fazer banca”, intrínseca à cultura do CA e que tem, de alguma forma, protegido o grupo das crises económicas.

O Smart Governance possibilita a desmaterialização e agilização de ecossistemas de tomada de decisão, tanto nos processos de tomada de decisão nas hierarquias como nos comités, conselhos, assembleias e outros órgãos colegiais, bem como hierarquias entre organizações que façam parte do mesmo conglomerado ou grupo.

O Smart Governance é um produto em evolução no mercado há mais de uma década, criado e desenvolvido em Portugal pela CAVEDIGITAL, empresa cujo capital é totalmente português.

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