No passado dia 16 de março, o consórcio do Projecto CircularBuild organizou e recebeu os mais de 70 participantes registados no Evento de Encerramento do Projecto, que teve lugar nas instalações do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil em Lisboa.
O Projeto CircularBuild, financiado pelos EEA Grants ao abrigo do Programa Ambiente e operado pela Secretaria-Geral do Ambiente e Ação Climática, teve como principal objectivo, no seu evento de encerramento, a apresentação e promoção dos seus principais resultados, dar a conhecer as características e potencialidades do Sistema Construtivo Modular Pré-fabricado CircularBuild, perceber os seus desenvolvimentos e compreender a sua implementação no mercado, para a construção de um Habitat Circular e Sustentável.
A sessão de abertura ficou a cargo do Eng.º Jorge Patrício (LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil em Lisboa) em representação da Presidente do LNEC e contou com a intervenção da Dr.ª Susana Ramos (Coordenadora do Ponto Focal Nacional dos EEA Grants) e da Dr.ª Susana Escária (Diretora dos Serviços de Prospetiva e Planeamento da Secretaria-Geral do Ambiente e Ação Climática).
O Arq.º Jaime Silva (CONCEXEC – Arquitectura, Lda.) apresentou o Projecto CircularBuild, identificando o seu enquadramento, objetivos e os principais resultados, tendo o Eng.º Armando Pinto (LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Lisboa) apresentado as características técnicas do Sistema Construtivo Modular Pré-fabricado CircularBuild, abordando os ensaios de validação laboratorial que decorreram no desenvolvimento do projecto, incluindo os ensaios de resistência ao fogo, executados em colaboração no laboratório norueguês RISE, parceiro de validação do projecto.
O evento contou ainda com a intervenção do Eng.º Marco Ferreira (MODTECH – Sistemas Modulares), abordando a implementação do Sistema CircularBuild no mercado nacional, ficando a cargo do Prof.º Victor Ferreira (Cluster Habitat Sustentável) a apresentação dos vários desafios da Transição Verde para as Soluções Construtivas, salientando o papel do Cluster enquanto parceiro do Projecto CircularBuild.
O encerramento da sessão contou com um momento de debate e networking entre os parceiros do projeto e os participantes do evento e a visita ao Protótipo CircularBuild, o consórcio do Projecto CircularBuild.
Resultados CircularBuild
No seguimento do Evento de Encerramento CircularBuild, foram apresentados os resultados alcançados com o desenvolvimento e validação laboratorial da solução construtiva CircularBuild, ao abrigo dos ensaios realizados, que visaram o Estudo da Durabilidade da Placa de Revestimento do Painel, os ensaios de Caracterização do Painel Incluindo as suas Ligações, os ensaios de Desempenho Mecânico e Funcional e os ensaios de Desempenho Acústico Térmico e Sísmico, destacamos aqui dois dos resultados mais significativos, como o comportamento ao sismo e a eficiência energética da solução construtiva CircularBuild.
O comportamento ao sísmico da solução construtiva CircularBuild, foi aferido com a monotorização dos ensaios realizados na mesa sísmica, das Instalações do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Lisboa, ao protótipo de 2 pisos à escala (3×4 modulos), através dos movimentos transversais, longitudinais e verticais, permitindo a simulação de 41 ensaios sísmicos e 18 ensaios de identificação dinâmica, visando o acompanhamento dos parâmetros e deteção de eventuais danos. As várias simulações sísmicas realizadas ao protótipo, culminaram numa série de registos, simulando um terramoto de magnitude 7.5 na escala de Richter a uma curta distância, sem dados visuais a declarar.
O comportamento exemplar às simulações sísmicas executadas no protótipo de 2 pisos, permitiram a sua reutilização na “Construção Piloto”, onde foram realizados trabalhos de monitorização do comportamento térmico do protótipo, na aferição da eficiência energética da solução construtiva CircularBuild, a qual apresentou um desempenho energético Classe A+, com valores muito abaixo dos requisitos mínimos para uma construção NZEB, através de necessidades de energia primária inferiores ao padrão de 20%, alcançando uma classificação de excelência NZEB20.
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