A Comissão Europeia identificou 152 regiões como Vales Regionais de Inovação (RIV, na sigla em inglês) e entre elas estão cinco portuguesas: o Norte, o Centro, a Área Metropolitana de Lisboa, o Alentejo e a Região Autónoma dos Açores.

Ao fazerem parte da lista recentemente divulgada, as cinco regiões passam a ser potenciais beneficiárias deste programa da União Europeia (UE), que preparou 116 milhões de euros de financiamento no âmbito da Nova Agenda Europeia da Inovação. Um apoio ao abrigo do programa Ecossistemas Europeus de Inovação (EIE) do Horizonte Europa, do programa de investigação e inovação da UE e do Instrumento de Investimento Inter-regional para a Inovação (I3) do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

“As RIV têm como objetivo reforçar os ecossistemas de inovação regionais, colmatar o fosso em matéria de inovação na Europa e melhorar o desempenho global da Europa em matéria de inovação”, diz uma nota da Comissão Europeia, onde também é adiantado que quase metade das regiões identificadas estão numa fase mais adiantada do processo.

De facto, nesta altura há 72 regiões no bom caminho para se tornarem Vales Regionais de Inovação, aguardando apenas a assinatura das convenções de apoio, resultantes da call de 2023. Ao apresentarem a candidatura, comprometeram-se a “reforçar as suas políticas de inovação e de investimentos, centrando-se nos desafios enfrentados pela UE”. São eles a redução da dependência dos combustíveis fósseis, o aumento da segurança alimentar mundial, o controlo da transformação digital (incluindo a cibersegurança), a melhoria dos cuidados de saúde e a promoção da economia circular.

Mapa dos Vales Regionais de Inovação. Fonte: Comissão Europeia

Além destas regiões, estão identificadas mais 79, na sequência de um convite à manifestação de interesse. Para se tornarem, também elas, Vales Regionais de Inovação devem visar o “reforço da coordenação e orientação dos seus investimentos e políticas em matéria de inovação, participar na colaboração inter-regional para continuar a desenvolver a inovação e reforçar e ligar os seus ecossistemas de inovação regionais”.

Juntamente com o financiamento, a Comissão Europeia também irá apoiar estas regiões ao nível do desenvolvimento comunitário, estabelecimento de parcerias (matchmaking) e ações de comunicação específicas.

Das cinco regiões portuguesas, o Norte foi a que identificou mais desafios prioritários, cinco no total: redução da dependência dos combustíveis fósseis, segurança alimentar, transformação digital, melhoria dos cuidados de saúde e promoção da economia circular. No caso do Centro, foram os mesmos, exceto a redução dos combustíveis fósseis, enquanto a Área Metropolitana de Lisboa tem quatro desafios associados: transformação digital, segurança alimentar, cuidados de saúde e outros. Ao Alentejo correspondem a transformação digital e a circularidade e aos Açores a transformação digital e a segurança alimentar.

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