O conceito já existe há cerca de oito anos, com várias plataformas actualmente dedicadas a facilitar o crowdfunding, ou seja, o financiamento participativo de projectos. No entanto, a cidade de Lisboa está agora a levar a ideia a uma escala diferente, querendo ser facilitadora de crowdfunding para ideias ou projectos, na capital, que necessitem de financiamento para serem postas em prática. O projecto vai estar integrado na página da autarquia lisboeta, a partir de Outubro.

O objectivo é que os promotores dos vários projectos usem a plataforma virtual disponibilizada pelo município como montra da sua iniciativa. Desta forma, qualquer pessoa pode ajudar um projecto com o qual se identifique ou que acredite ser relevante para a cidade. O funcionamento será semelhante ao que fazem as plataformas especializadas neste sector: para cada projecto apresentado, o utilizador individual da plataforma decide se quer contribuir, num montante à sua escolha.

Qual a vantagem, então, de ser a própria autarquia a dinamizar uma plataforma de crowdfunding? Para a vereadora municipal da Economia, Graça Fonseca, trata-se sobretudo de gerar confiança em potenciais investidores, além de centrar o investimento em áreas estratégicas. O crowdfunding de Lisboa vai privilegiar quatro áreas estratégicas: I&D, produtos/conceitos, start-ups e imobiliário/reabilitação.

Para lançar a plataforma, a Câmara Municipal associou-se a parceiros privados, ligados à investigação, mas também à banca: desde o banco Montepio às universidades de Lisboa, Católica e ISCTE – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), passando pela Fundação Calouste Gulbenkian.