Na quinta edição do índice IESE Cities in Motion Index (CIMI), da autoria do Centro para a Globalização e Estratégia da Universidade de Navarra (Espanha), Nova Iorque, Londres e Paris voltam a ser as cidades mais inteligentes do mundo. À semelhança daquilo que ocorreu na última edição, as três cidades voltam a ocupar o pódio. Desta vez, registou-se apenas um movimento no top 10: Amesterdão subiu ao décimo posto, relegando Berlim para a 11ª posição.

Os primeiro, segundo e terceiro lugares são ocupados, respectivamente, por Nova Iorque, Londres e Paris. Ao contrário dos dez primeiros classificados, a edição de 2018 do ranking, elaborado pelo Centro para a Globalização e Estratégia mostrou algumas movimentações relevantes no top 50. A cidade de Milão subiu 13 posições, ocupando agora a 45ª posição, enquanto que a capital norueguesa – Oslo – caiu 11 lugares, devido a resultados mais baixos nos sectores da economia e mobilidade; ocupa actualmente o 23º posto.

É o continente europeu, com 12 figurantes na lista das primeiras 25 classificadas, o mais bem representado no índice. À Europa seguem-se a América do Norte, com seis cidades, Ásia com quatro – todas no top 10 – e Oceânia, com três. No Médio Oriente, é a cidade do Dubai a mais bem classificada, em 60º lugar, e na América Latina é Buenos a representante em melhor posição, no 76º posto. A primeira cidade do continente africano a aparecer na lista é Tunes, capital da Tunísia, no lugar 134.

Destacam-se, ainda, outros movimentos: o progresso da cidade de Barcelona em matérias económicas e de coesão social valeu-lhe uma subida de oito posições, para o 26º lugar. Já as cidades de Tallinn, na Estónia, e Munique, na Alemanha, registaram quedas abruptas. Dez e nove lugares, respectivamente, fruto de questões económicas, no primeiro caso, e de “má gestão ambiental, alcance internacional e tecnologia”, no segundo, como é possível ler-se no sítio web da Universidade de Navarra.

Apesar da clara preponderância de cidades populosas, como é o caso daquelas que ocupam o top 3, o relatório do índice releva o lugar alcançado por algumas cidades de média dimensão, casos de Amesterdão – na décima posição – ou Copenhaga – na décima terceira -, num sinal claro de que a dimensão “não é condição essencial para alcançar bons resultados”.

O índice CIMI – agora na sua quinta edição – tem como objectivo medir os níveis de sustentabilidade e de qualidade de vida em cidades por todo o mundo, a grande maioria delas capitais. Analisou 165 cidades de 80 países, tendo considerado, para a elaboração do ranking final, dimensões como capital humano, coesão social, economia, ambiente, governança, planeamento urbano, tecnologia, mobilidade e transportes. Nesta edição, aumentaram o número de indicadores considerados e foram tidas em consideração perspectivas futuras, no que respeita, por exemplo, ao PIB per capita ou ao aumento das temperaturas.