O eco festival Azores Burning Summer volta este verão à praia dos Moinhos, em Porto Formoso, na ilha açoriana de São Miguel, para dois dias de música e sustentabilidade. A 11.ª edição do evento acontece a 29 e 30 de agosto, com um cartaz ainda por anunciar, mas que promete apostar mais uma vez nas músicas do mundo, levando a palco “as sonoridades exóticas de outras latitudes”.

A menos de seis meses do regresso, o Azores Burning Summer venceu o prémio ibérico na categoria de “melhor hospitalidade e receção” dos Iberian Festival Awards 2025, anunciados este fim de semana. Para a organização, esta distinção deve-se ao facto de ser um projeto cultural “distinto”, que procura ter um impacto positivo nas comunidades locais e na experiência de quem visita a ilha de São Miguel. “Receber bem e ficar na memória de quem frequenta o evento é um objetivo primordial da organização, que prepara o evento com vista a que o mesmo seja apreciado pela sua boa organização, programação, segurança, inclusividade, acessibilidade, conforto e sustentabilidade”, diz em comunicado.

Azores Burning Summer venceu prémio de “Melhor hospitalidade e receção”

Também o diretor do festival, Filipe Tavares, sublinha que “este novo prémio não só revela a excelência do trabalho da nossa equipa, mas também da cooperação e amabilidade do público”. “Estamos empenhados em gerar uma experiência inesquecível, transversal a todos os que constroem e participam neste festival: público, artistas, equipa, patrocinadores e parceiros”, acrescenta. O responsável destaca ainda o protagonismo que os Açores tiveram nesta edição dos prémios ibéricos, ao conseguirem um número recorde de nomeações, relativas a quatro iniciativas realizadas no arquipélago: Azores Burning Summer, Tremor, Cordas e Pico Zen.

Além do galardão conquistado este ano, o festival da praia dos Moinhos também foi nomeado para outras seis categorias: Melhor festival de média dimensão; Melhor programa cultural; Melhor contributo para a igualdade, Melhor promoção Turística; Melhor recinto de espetáculos (Parque dos Moinhos); e Melhor contributo para a sustentabilidade. Em quatro delas chegou à final.

Sustentabilidade e participação comunitária

De acordo com a organização do Azores Burning Summer, a sustentabilidade e a vertente ambiental são “a base para o sucesso económico e social” do evento, que aposta fortemente na redução do desperdício e alteração dos hábitos de consumo do público. Para isso, estabeleceu as metas “Zero Desperdício”, “Zero Ruído Visual”, “Zero Beatas” e “Car Sharing”, que ajudaram a fazer deste festival o primeiro nos Açores a receber a certificação “evento mais sustentável” pela SGS Portugal, em 2022.

Simultaneamente, oferece uma programação paralela de interesse público e acesso gratuito, como cinema ao ar livre, uma feira de ecodesign, land art e atuações musicais, além de dois programas destinados à população local: o HABITAT, criado a pensar nos mais jovens, com o objetivo de fortalecer o sentimento de pertença e a proteção do mar; e o VIVE, que visa melhorar os níveis de literacia em saúde e promover hábitos de vida saudáveis junto da comunidade. “A integração de jovens e artistas locais no evento, a justiça salarial, a inclusividade, o combate às desigualdades, homofobia, xenofobia e racismo são pilares essenciais do festival”, concretiza o comunicado.

A Smart Cities volta a ser media partner do evento.