Depois de lançar, em Março, o projecto STEAM City, o município de Aveiro apresentou ontem um novo posicionamento: a partir de agora, a cidade quer afirmar-se como Aveiro Tech City.

Construir uma cidade mais conectada e inteligente, através de diversas iniciativas, como novas parcerias com empresas e com a Universidade, diferentes formas de gestão (da mobilidade, por exemplo), ou mesmo alterações que são tecnológicas mas também ambientais, como os moliceiros eléctricos, foram algumas das novidades apresentadas pela câmara municipal de Aveiro na abertura dos Aveiro TechDays, que decorrem até dia 12 de Outubro no Parque de Exposições de Aveiro.

As iniciativas apresentadas para a cidade têm, no seu conjunto, um nome: Aveiro Tech City. Todas as actividades e iniciativas do projeto Aveiro STEAM City passam a ser assim chamadas, desde o dia 10 de Outubro. A câmara municipal de Aveiro refere que o objectivo é “fazer da cidade um município inteligente e sustentável, com grande parte desta transformação digital a assentar na tecnologia 5G, o que fará de Aveiro pioneira no desenvolvimento desta capacidade”.

O protocolo de cooperação para a iniciativa Aveiro Tech City é liderado pela câmara municipal de Aveiro, em parceria com a Universidade de Aveiro, Altice Labs, Instituto de Telecomunicações, Inovaria, Nokia, Bosch, OLI, The Navigator Company, Transdev e Veolia.

Como explicou à Smart Cities o presidente da câmara municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, o que está a ser feito é “usar aquilo a que gosto de chamar ecossistema que existe em Aveiro, com a Universidade, com a Altice Labs, com a Inovaria, com o Instituto de Telecomunicações, e, obviamente, com a câmara, para a cidade ser um factor de diferenciação também ao nível do marketing territorial. Portanto, o Aveiro Tech City é esse selo, essa assinatura, que vamos usar como elemento de marketing territorial”.

Ribau Esteves reforçou a ideia de que o objectivo é tornar “o território mais atractivo para os talentos, para os investigadores, para as empresas, para os turistas”, acrescentando: “é por aqui que vamos caminhar, a pretexto da nossa história e do que somos, das capacidades que cá temos. A Altice Labs é a entidade, em Portugal, que lidera o trabalho de investigação e desenvolvimento na área do 5G, nós queremos ser a primeira cidade portuguesa 5G. Não para ficar em primeiro, mas porque entendemos que a tecnologia 5G vai ser um factor de atractividade para investigadores e investidores, além de ser um factor positivo para melhorarmos a qualidade de vida dos nossos cidadãos”.

 

Outra das medidas anunciadas no âmbito do projecto Tech City é a electrificação dos moliceiros e a instalação de postos eléctricos de carregamento ao longo dos canais. Explicando que o projecto partiu da ideia de um grupo de operadores, o presidente da câmara adiantou que ainda está a ser desenvolvido, numa fábrica na Alemanha. A câmara lançou, agora, concurso público para o projecto, uma vez que a rede de carregamento vai ser pública, estando previsto um pilar de carregamento em cada cais de moliceiros. Depois de implementados os carregadores, os operadores terão dois anos para passar (de forma obrigatória) os seus moliceiros para o sistema eléctrico.

De modo a sensibilizar a população para a importância desta mudança, o município fez um convite à população, assim como aos operadores, para experimentarem, de forma gratuita, o projecto piloto que se encontra disponível para o efeito.

Mas as novidades nesta matéria não se ficam por aqui. José Ribau Esteves revelou que, ainda este ano, em Novembro, a câmara municipal de Aveiro vai também lançar um concurso público para substituir o actual ferry por um eléctrico.

O Aveiro Tech City pretende, assim, transformar Aveiro num “laboratório vivo”, ou seja, uma plataforma de teste onde empresas, projectos e serviços podem ser desenvolvidos, testados e implementados, atraindo novos talentos e empresas para a região, ao mesmo tempo que constrói uma cidade sustentável e com melhor qualidade de vida para quem dela usufrui.