A DriveNow está a chegar a Lisboa. O arranque do sistema de carsharing representa um investimento de cinco milhões de euros e acontece já no próximo dia 12 de Setembro. Espalhados pela cidade vão estar 211 veículos das marcas BMW e Mini, incluindo veículos eléctricos. Os interessados podem efectuar, desde ontem, o pré-registo.
O serviço chega a Portugal através de uma parceria com a Brisa, responsável pela gestão operacional da frota e do serviço ao cliente, e apresenta-se como uma alternativa ao transporte individual em viatura própria. Segundo Pedro Rocha e Melo, vice-presidente do conselho de administração da empresa de infra-estruturas de transporte, este sistema de partilha vai “possibilitar a integração de várias formas de transporte”, numa clara alusão à intermodalidade dentro da cidade de Lisboa.
“Não vamos precisar de cartão”, revelou o responsável no decorrer da apresentação do sistema, que teve lugar, ontem, em Belém. É através de uma aplicação móvel, disponível para iOS e Android, que os utilizadores do sistema são convidados a desbloquear a viatura mais próxima do local onde se encontram, podendo optar entre os vários modelos disponibilizados.
As viagens, durante o primeiro mês, serão taxadas a partir de uma tarifa única de 29 cêntimos por minuto. Depois, o custo de utilização do sistema situar-se-á entre os 29 e os 34 cêntimos por minuto, valor variável consoante o veículo escolhido, sendo que o custo mais elevado está associado à utilização de um dos 11 veículos eléctricos inicialmente disponibilizados pelo serviço.
Segundo Nico Gabriel, CEO da DriveNow, o serviço vai situar-se “entre o transporte público e os táxis” e está vocacionado para a melhoria da qualidade de vida na cidade e será capaz de “criar espaço” para usufruto público, já que é, nas palavras do próprio, uma “alternativa” à aquisição de um segundo e terceiro carros. Um estudo levado a cabo pela cidade de Viena aponta para uma redução da presença de 2 mil veículos dentro da cidade, em consequência dos dois serviços de carsharing em actividade. Segundo estimativas da DriveNow, por cada veículo disponibilizado em regime de partilha, saem das cidades entre 3 e 6 automóveis.
Actualmente disponível em 12 cidades europeias, a DriveNow conta com mais de 960 mil clientes, que realizam aproximadamente 700 mil viagens por mês. Em Lisboa, a décima terceira cidade a receber o sistema, o modo de funcionamento vai ser o mesmo das outras cidades: o preço final inclui o combustível da viatura, o seguro e o estacionamento. A área de operação inicial cobre a maioria da cidade de Lisboa, com algumas excepções (as zonas de Olivais e Chelas, por exemplo).
Vai ser possível deixar a viatura utilizada em qualquer lugar de estacionamento autorizado dentro dos 48 quilómetros quadrados da zona de operação da DriveNow e, no futuro, o sistema poderá abranger mais zonas da cidade. Para já, está prevista a expansão ao aeroporto de Lisboa. Até ao final do ano, a Brisa espera atingir 10 mil utilizadores.
A título de exemplo, uma viagem entre a praça do Saldanha e Belém deverá, segundo comunicado da DriveNow, custar entre 5 e 7 euros.
As inscrições para utilização do sistema podem ser efectuadas no sítio web da DriveNow. Este é o primeiro sistema de partilha de automóveis a entrar em actividade na cidade de Lisboa depois da Citydrive, disponível desde 2014.