Chama-se Luminária LED Solar Autónoma (LLESA) e tem como missão levar “luz” onde não existe electricidade a baixo custo. O projecto de investigação e desenvolvimento tecnológico, encabeçado pela empresa portuguesa Arquiled, está a testar uma luminária LED que usa energia solar, dispensando a ligação à rede eléctrica, e que poderá, assim, possibilitar a iluminação de forma sustentável em locais mais desfavorecidos.
O protótipo, que incorpora um sistema inteligente de controlo para gestão de energia, está a ser testado em Portugal e na Colômbia, estando a recolha de dados a ser feita nos dois países, onde a exposição solar anual é elevada. Para funcionar, esta inovação dispõe de “um design totalmente integrado em monobloco, cuja energia eléctrica é produzida pelos painéis fotovoltaicos e armazenada em baterias de hidróxido de NI-Co (Batería de hidróxido de Ni-Co hidratado), para posterior utilização. Para além de resistir a temperaturas elevadas, este produto é de instalação fácil, não necessitando de manutenção”, explica a empresa.
Para a Arquiled, o projecto representa um desafio não só ao nível tecnológico, mas também ao nível de responsabilidade social, já que se direcciona a zonas do globo mais desfavorecidas. “Para além do desafio tecnológico por trás de uma luminária deste tipo, como o desenvolvimento de um algoritmo de gestão da carga da bateria, há também a componente de responsabilidade social, dado que a aplicação deste modelo, em monobloco, destina-se a zonas carenciadas. Razão, pela qual o preço-alvo é bastante baixo, por forma a ser acessível a economias emergentes”, explica Miguel Allen Lima, CEO da empresa portuguesa.
Envolvidos no projecto estiveram também o Instituto Superior Técnico e a Escuela Colombiana de Ingeniería Julio Garavito, ambas especializadas na vertente de engenharia. No caso da instituição portuguesa, a investigadora Fátima Montemor foi a responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de baterias, enquanto, do lado colombiano, Julio Garavito foi quem apoiou a Arquiled na “boa execução do projecto, instalando um dos protótipos no campus” dessa universidade e monitorizando a luminária.
