Três cidades portuguesas estão na corrida ao prémio Folha Verde da Europa (European Green Leaf), uma distinção atribuída pela Comissão Europeia a municípios entre os 20 mil e os 100 mil habitantes que demonstrem estar comprometidos com os melhores resultados ambientais. Águeda e Estarreja, no distrito de Aveiro, e Mafra, no distrito de Lisboa, apresentaram a candidatura à edição de 2026.

Trata-se de um galardão lançado em simultâneo com o prémio Capital Verde Europeia (European Green Capital), mas destinado a cidades europeias mais pequenas. Neste caso, as vencedoras recebem um prémio financeiro de 200 mil euros para aplicar em iniciativas que tragam continuidade ao trabalho realizado em matéria de sustentabilidade ambiental.

Portugal é um dos países com mais cidades a disputar o galardão, juntamente com Espanha e França, que também têm três candidatas. Do país vizinho concorrem Esplugues de Llobregat, Sant Boi de Llobregat e Sant Joan Despí, todas nos arredores de Barcelona, enquanto Garges-Lès-Gonesse, Livry-Gargan e Saint-Quentin são as participantes francesas. Ólbia, em Itália, Pszczyna, na Polónia, e a finlandesa Vaasa completam a lista.

As cidades que disputam o prémio Folha Verde da Europa. Imagem: © Comissão Europeia

As candidaturas das 12 cidades serão agora apreciadas por um painel de especialistas independentes, que terão em consideração sete critérios principais: Qualidade do ar; Água; Biodiversidade, Áreas verdes e sustentabilidade; Resíduos e economia circular; Ruído, Mitigação das alterações climáticas; e Adaptação às alterações climáticas.

As finalistas são conhecidas no mês de julho, enquanto o anúncio da vencedora – ou vencedoras – está marcado para outubro, durante uma cerimónia realizada em Valência. Tal como aconteceu nas anteriores edições, em 2026 o prémio também poderá ser partilhado, já que admite até duas eleitas. Por exemplo, Treviso, em Itália, e Viladecans, em Espanha, ganharam a edição de 2025, enquanto Elsinore, na Dinamarca, e Velenje, na Eslovénia, são as atuais detentoras do estatuto de Folha Verde da Europa. Também Valongo partilhou o prémio de 2022 com a neerlandesa Winterswijk, tornando-se a segunda cidade portuguesa a recebê-lo, depois de Torres Vedras, em 2015.

Capital Verde Europeia

Tal como a Smart Cities anunciou em primeira mão no início do ano, Braga e Guimarães são as cidades portuguesas candidatas ao prémio Capital Verde Europeia 2026, destinado a municípios com mais de 100 mil habitantes. Neste caso, o apoio financeiro atribuído pela Comissão Europeia é de 600 mil euros.

As duas cidades minhotas concorrem ao galardão com outras sete localidades europeias: Brasov (Roménia), Córdoba (Espanha), Heilbronn (Alemanha), Klagenfurt (Áustria), Linz (Áustria), Riga (Letónia) e Rybnik (Polónia).

Nove cidades estão, para já, na corrida a Capital Verde Europeia 2026. Imagem: © Comissão Europeia

Os critérios de seleção das cidades finalistas e da vencedora são os mesmos do prémio Folha Verde da Europa, tal como a data e local da entrega do prémio. A escolhida irá suceder à cidade espanhola de Valência, atual Capital Verde Europeia, e a Vilnius, na Lituânia, já eleita para o ano de 2025.

Recorde-se que Guimarães foi uma das três finalistas da edição de 2025, enquanto em 2017 alcançou o 5.º lugar (entre 13 concorrentes). Já Braga concorre pela primeira vez. Lisboa é, até ao momento, a única cidade portuguesa a receber este prémio, tendo sido Capital Verde Europeia no ano de 2020.

Fotografia de destaque: © Shutterstock (Pateira de Espinhel / Águeda)