Amarante está em contagem decrescente, isto porque faltam apenas dois dias para a cidade colocar a primeira pedra daquela que quer ser “uma ponte para o futuro”. Os trabalhos decorrem há meses, mas está já tudo a postos: a plataforma de captação de investimento privado InvestAmarante arranca esta Sexta-feira e promete ser um motor do desenvolvimento económico do concelho, que se distingue pela forte ligação à cultura.

Trabalhar com todos, facilitar e agilizar o investimento na cidade e, ao mesmo tempo, ajudar os agentes dos vários sectores económicos a criar e desenvolver projectos inovadores que favoreçam o seu desenvolvimento são algumas das missões desta iniciativa encabeçada pela câmara municipal. Para além disso, através da captação e instalação de investimento no território, a InvestAmarante vai ainda trazer à cidade a oportunidade de apostar em sectores vitais para o futuro, entre eles o das smart cities, turismo, desenvolvimento sustentável e indústria do futuro.

“Criamos a InvestAmarante para promover e captar oportunidades de investimento para Amarante, de forma pró-activa, prestando um serviço qualificado aos investidores, garantindo-lhes a agilidade dos processos, a activação das parcerias locais e nacionais e a mobilização de incentivos à instalação de investimento no território”, esclarece José Luís Gaspar, presidente da câmara municipal de Amarante.

De forma a atrair o olhar dos investidores privados para os projectos locais, a plataforma, que funcionará como uma entidade inteiramente dedicada à dinamização económica do concelho, vai actuar na simplificação de processos, na integração na rede económica regional e nacional e na elaboração de um conjunto de incentivos e apoios. “Tudo isto em nome do objectivo primordial: transformar Amarante num território onde exista mais e melhor emprego, maior qualidade de vida e maior atractividade para o turismo”, justifica o autarca.

Depois do lançamento oficial, nesta Sexta-feira, é hora de passar a acção e, até ao final do ano, haverá mais novidades. “Contamos lançar projectos nas áreas da captação do investimento, capacitação e apoio ao empreendedorismo e qualificação dos recursos humanos das empresas”, informa Tiago Ferreira, director executivo da InvestAmarante, avançando ainda que Novembro será um mês “rico” para debater a inovação em Amarante, com três encontros marcados, no âmbito do programa europeu Urbact.

Convicto de que a “combinação virtuosa de elementos” é a estratégia certa para o desenvolvimento económico, José Luís Gaspar adianta que há “um conjunto de projectos com a marca de coragem que tem caracterizado Amarante”, alguns dos quais serão apresentados já esta sexta-feira. Entre os exemplos, está a plataforma “Indústria do Futuro”, adianta o responsável, na qual empresários, empreendedores, investigadores e associações sectoriais discutem sobre como preparar as empresas para a 4ª Revolução Industrial e retirar daqui oportunidades de inovação. “De forma global, queremos assegurar que o futuro será o resultado de projectos e ideias ambiciosas”, declara.

Com pouco mais de 56 mil habitantes, a dinâmica empresarial faz parte de Amarante. A cidade é, actualmente, a casa de 1283 empresas, 251 das quais exportam para o estrangeiro. Sectores como o agro-alimentar, a construção civil, a metalomecânica, o turismo e restauração ou ainda o da madeira e mobiliário foram alguns dos que souberam florescer ali, com o volume de negócios das empresas locais a ultrapassar os 900 milhões de euros. A proximidade com o Porto e ligação a infra-estruturas como o aeroporto, o Porto de Leixões ou a auto-estrada favorecem a cidade, mas não só, também a ligação com a Natureza e a vertente cultural são, na opinião do autarca local, factores diferenciadores que colocam Amarante numa posição privilegiada. “Acreditamos que Amarante é muito competitiva para investimentos nos sectores do turismo, da indústria e serviços que necessitem de forte componente logística, do sector da transformação alimentar e também empresas cujos empreendedores apreciem o viver devagar, que é uma das grandes propostas de valor que o território oferece em termos de qualidade de vida”, conclui.