O Governo vai investir 350 mil euros na recuperação do Rio Antuã e no Esteiro de Salreu, em Estarreja. A medida vai ao encontro dos objetivos da Lei do Restauro da Natureza, aprovada pela União Europeia. Portugal quer reabilitar 500 quilómetros de rios até 2030. 

Uma das primeiras medidas foi anunciada esta segunda-feira por Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia, que revelou o início das obras de reabilitação e valorização do Rio Antuã e do Esteiro de Salreu, em Estarreja. O investimento de 350 mil euros, realizado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), vai permitir restaurar ecossistemas aquáticos degradados, proteger a biodiversidade e melhorar a qualidade de vida das populações locais. 

As intervenções a realizar nos cursos de água têm como objetivo solucionar diversos problemas, como a obstrução do leito por sedimentos, a erosão das margens e os riscos de inundação. Através de técnicas de engenharia natural, serão recuperados habitats aquáticos e promover-se-á a biodiversidade e a melhoria da qualidade da água. 

A intervenção no Rio Antuã vai consistir na limpeza do leito, na reabilitação das margens e na remoção de obstáculos, que impedem o fluxo natural da água. No caso do Esteiro de Salreu, será reparado o dique, reabilitado o caminho existente e reforçadas as margens, para prevenir a erosão. 

Já quanto ao Cais de Salreu, o muro em pedra de granito será restaurado, assim como o passeio público. “Além de alinhado com as metas da Estratégia Nacional para a Biodiversidade, este projeto vai ao encontro dos objetivos da Lei do Restauro da União Europeia, recentemente aprovada com o contributo de Portugal. Estamos empenhados na elaboração do nosso Plano Nacional de Restauro, que passa pela reabilitação de 500 quilômetros de rios, até 2030”, considera Maria da Graça Carvalho, que sublinha o facto de esta intervenção ser “um exemplo de como a engenharia natural pode ser utilizada para resolver problemas ambientais de forma eficaz e sustentável”. “Esperamos que este projeto, que passa por ter um rio mais saudável e uma comunidade mais protegida, inspire outras iniciativas semelhantes em todo o País”, concluiu a Ministra do Ambiente e Energia.

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