176 mil pessoas em menos de 24 quilómetros quadrados fazem da Amadora um dos municípios com maior densidade populacional do país. Este factor representa um desafio para a cidade, mas, segundo Carla Tavares, presidente desta câmara municipal, as pessoas são também o seu “maior capital”.

“Cientes de que a cidade não se constrói apenas com obra, mas sobretudo com o investimento nas pessoas, temos apostado em diversas áreas que reflectem o apoio às famílias”, relata a autarca à Smart Cities. “É a pensar nos milhares de famílias que escolheram o nosso território como seu lar que continuamos a desenvolver uma série de políticas nas áreas da educação e da acção social, ferramentas essenciais para reforçar a coesão social”, acrescenta.

Nessa linha, a responsável garante que a autarquia tem investido em habitação, educação e na rede viária do município, enquanto “pólos de desenvolvimento e investimento no futuro”, tendo como objectivos “a melhoria do bem-estar e das condições de vida da população”.

A requalificação do espaço público é também um dos eixos prioritários da administração de Carla Tavares, nomeadamente no que toca às obras de proximidade, na requalificação de pracetas e ruas, na optimização do tráfego automóvel e ainda na criação de zonas verdes e de estacionamento.

A par destas acções, o município da Amadora olha também para as novas tecnologias como uma oportunidade de melhorar a vida de quem vive e trabalha na cidade. A implementação do sistema de controlo de rega, em 2014, valeu à cidade a distinção nos Green Project Awards e permitiu a poupança de 16 mil metros cúbicos de água – cerca de 12 mil euros na factura do município. Muito em breve, esta poupança será ainda maior, já que o sistema está a ser instalado em mais 60 espaços verdes do concelho, revela a autarca.

Ainda este ano, o município vai ver concluídos outros projectos em matéria de inteligência urbana. Até Junho, espera-se a conclusão da instalação de uma rede privativa de fibra óptica, no âmbito da instalação do sistema de videovigilância. “O concelho ficará totalmente coberto ao nível da fibra óptica e vamos aproveitar esta instalação para, desde logo, aplicarmos redes sem fios (Wi-Fi) em todos os parques públicos e optimizar os circuitos de recolha de resíduos”, anuncia Carla Tavares, referindo que, neste campo, há uma “infinidade de áreas para explorar”, desde dispositivos para a medição da deposição de resíduos ou para controlo do tráfego rodoviário.

Para além disto, a cidade está também a desenvolver uma aplicação móvel para smartphones, disponível nos sistemas Android e IOS, que fornece ao utilizador informação sobre os parqueamentos reservados para portadores de deficiência disponíveis e sua localização. O lançamento desta app deverá acontecer ainda em 2016.