A TRATOLIXO, empresa intermunicipal responsável pelo tratamento de resíduos urbanos, inaugurou esta quinta-feira a Unidade de Tratamento Mecânico com Separação Óptica Automática de Sacos com Biorresíduos, situada no Ecoparque de Trajouce, em Cascais.
A nova unidade está integrada numa operação conjunta de 10 milhões de euros (que engloba ainda uma nova portaria operacional e o aumento da capacidade da Central de Digestão Anaeróbia) e representa um investimento de 5 milhões de euros, com o cofinanciamento do POSEUR em 85%. A nova Unidade de Tratamento Mecânico com Separação Óptica Automática de Sacos com Biorresíduos tem uma capacidade anual para tratar 300 mil toneladas de resíduos, o que significa a duplicação da capacidade de tratamento. Esta unidade permitirá a recuperação dos sacos verdes contendo os biorresíduos alimentares devidamente separados pelos munícipes de Cascais, Oeiras, Mafra e Sintra, sendo um contributo fundamental e estratégico para a redução da deposição dos resíduos urbanos em aterro e capacitar a TRATOLIXO para tratar a totalidade de biorresíduos produzidos nos referidos concelhos.
Os biorresíduos separados no Ecoparque de Trajouce, em Cascais, são encaminhados para valorização orgânica na Central de Digestão Anaeróbia (CDA), em Mafra, onde a matéria biodegradável é transformada em biogás e em lama digerida. O gás é aproveitado e transformado em energia elétrica, sendo posteriormente injectada na Rede Eléctrica Nacional (REN) e a lama digerida é estabilizada por compostagem, dando origem a composto que pode ser utilizado em culturas agrícolas arbóreas e arbustivas. A CDA foi igualmente ampliada para dar resposta à totalidade dos biorresíduos alimentares a tratar, aumentando a sua capacidade de tratamento biológico de 80 para 120 mil toneladas por ano.
“Este investimento reforça o nosso compromisso de assegurarmos a valorização dos resíduos recolhidos. A nova unidade é um contributo fundamental e estratégico que evita o desperdício dos biorresíduos e permite contribuir para o aumento das taxas de reaproveitamento e reciclagem. Poderemos, assim, aumentar a nossa capacidade de produção de biogás e de energia elétrica que injetamos continuamente na rede elétrica nacional, bem como de composto orgânico de qualidade para aplicação na agricultura”, adianta o Presidente do Conselho de Administração, Nuno Soares.
Recorde-se que a recolha seletiva de biorresíduos é obrigatória em Portugal desde janeiro de 2024 e a TRATOLIXO foi pioneira na separação destes resíduos, tendo, em articulação com os Municípios da sua área de atuação, Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, iniciado em 2019, 4 projetos-piloto que, no seu total abrangeram mais de 20 mil famílias. Atualmente, o projeto foi alargado e está disponível em toda a área geográfica dos 4 Municípios, o que contribuiu para registar, em 2023, o total de 61 mil 205 toneladas de recolha de biorresíduos, representando um aumento de 9,4% face a 2022. A recolha selectiva de biorresíduos em saco óptico já permitiu a recolha de 4 mil toneladas apenas por esta via, um aumento de 250% face a 2022.
A TRATOLIXO trata anualmente mais de 470 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos pelos habitantes dos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra. Os seus investimentos são constantemente orientados para reforçar a aposta contínua no recurso a novas tecnologias, garantindo Inovação e Desenvolvimento, das quais se destacam a operacionalização da Central de Compostagem de Resíduos Verdes de Trajouce e o Projeto de Recolha Seletiva de Biorresíduos em Saco Óptico.
O texto acima é da responsabilidade da entidade em questão, com as devidas adaptações.