Arrancam no próximo dia 8 de março as candidaturas para o VER – Viveiro de Emprego Regenerador, projeto de apoio à criação de auto emprego e/ou aumento de rendimentos com base em negócios regenerativos, criado pela Biovilla – Cooperativa para o Desenvolvimento Sustentável e apoiado pela Portugal Inovação Social, através de fundos da União Europeia, sob o mote “É possível gerar empregos que construam um mundo melhor para todos!”.

Com o intuito de responder a dois problemas sócio-ambientais detectados – o desemprego jovem e de longa duração e a perda de biodiversidade – a Biovilla desenvolveu um programa de capacitação baseado nas suas quatro principais áreas de atuação: Horta Biológica, Sementes e Floresta Autóctone; Ervas Aromáticas e Cosmética Natural; Turismo de Natureza; e Transformação de Alimentos e Alimentação Saudável.

Destinado em particular aos desempregados de longa duração (inscritos no IEFP há 12 meses ou mais) e desempregados jovens (inscritos no IEFP com idade até 30 anos) das regiões de Palmela e Setúbal, com mais de 21 anos e o 12º ano completo, dirige-se também a pessoas de todas as tipologias de emprego em condições não dignas, discriminatórias e destrutivas, quer social quer ambientalmente, de todas as regiões do país que se identifiquem com as práticas regenerativas e queiram desenvolver-se profissionalmente no contexto do VER.

As candidaturas para a primeira turma decorrem de 8 a 26 de março através do site www.biovilla.org/ver e, após um processo de seleção, em abril começa a primeira turma do programa que vai ter uma experiência imersiva de 8 meses na Biovilla, situada em pleno Parque Natural da Arrábida, a 5 Km de Palmela e 7 km de Setúbal.

Filipe Alves, Co-fundador da Biovilla, esclarece o objetivo do programa “Vamos acompanhar os participantes na criação do seu próprio emprego aliado a uma vida profissional com propósito. Mais do que sessões de capacitação, o que estamos a propor é uma experiência de aprendizagem integral dos conceitos técnicos de regeneração de ecossistemas humanos e ambientais num lugar onde tudo isso acontece realmente. É um caminho para fazermos negócios sustentáveis mantendo um compromisso com o planeta e com quem o partilha”.

Com um total de 230 horas de aulas online e presenciais, esta especialização é totalmente gratuita e desdobra-se em cinco partes distintas.

A primeira é a Imersão Biovilla, uma semana para entrar em contacto com o projeto e os principais conceitos de regeneração através das áreas que a Biovilla desenvolve: Cooperativismo, Desenvolvimento Humano, Casa para Todos, Energias Renováveis, Alimentação Biológica, Biodiversidade, Cuidado com as Águas e Desperdício Zero. Bem como em temas de governança e desenvolvimento de projetos como Sociocracia, Dragon Dreaming, Agrofloresta e Permacultura. Depois desta semana cada participante irá escolher uma das quatro áreas propostas para aprofundar conhecimentos teórico-práticos e desenvolver competências.

Em seguida, e durante 12 semanas, decorrem 2 vezes por semana as sessões de aprofundamento da especialização. Nesta fase, os participantes serão integrados nas atividades do dia-a-dia da Biovilla para que possam aprender a fazer em formato “learning-by-doing” a sua área de seleção.

Haverá depois 1 semana de Capacitação em Empreendedorismo Social e Negócios Regenerativos onde terão contacto com o The Good Business Model (TGBM), uma metodologia de criação de negócios regenerativos, criada pela Co-fundadora da Biovilla, Bárbara Leão de Carvalho, que só em 2019 pelas mãos dos Territórios Criativos impactou mais de 200 empreendedores através de incubadoras de negócios do Turismo de Portugal, como por exemplo o Green Up.

“O The Good Business Model nasce de uma vontade de mostrar ao mundo que se podem criar negócios (com ou sem fins lucrativos) que geram valor económico, social e ambiental e que são geridos de um lugar de propósito alinhado com a vontade de vida de quem o faz acontecer. O TGBM propõe uma série de passos até chegar ao projeto de sonho, financeiramente sólido e com impacto social e ambiental”, explica Bárbara Leão de Carvalho, Co-Fundadora da Biovilla.

Segue-se a fase de Mentoria (12 semanas) durante a qual os participantes serão acompanhados para que desenvolvam projetos de criação de emprego próprio ou encontrem uma forma de aumentar os seus rendimentos. Em paralelo, participam em seminários e masterclasses para que tenham contato com parceiros inspiradores e esclarecedores das diferentes áreas de negócios.

A capacitação termina com o evento de Graduação, um pitch final com a rede de parceiros e investidores Biovilla aos quais os participantes vão apresentar as suas ideias e sonhos, com intenção de recrutamento, angariação de parceiros e/ou investidores para os seus projetos. É também um momento de celebração de uma nova vida que está a começar.

No final receberão um certificado em Permacultura para Sistemas Regenerativos e em Negócios Regenerativos – The Good Business Model.

Os orientadores deste processo são Cooperantes da Biovilla com vasta experiência em áreas que vão desde o desenvolvimento sustentável ao empreendedorismo sócio-ambiental e especialistas convidados das diversas áreas que serão abordadas, dentro e fora da rede de parceiros da Biovilla.

O VER conta também com o apoio de diversas entidades como a Adrepes, o Montepio, a Câmara Municipal de Palmela, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Instituto Politécnico de Setúbal, a Junta de Freguesia de Palmela, a NOVA SBE, a T4HD – Technology 4 Human Development e a Sociedade de Advogados Vieira de Almeida.

Os interessados podem consultar todas as informações e candidatar-se em www.biovilla.org/ver.

 

O texto acima é da responsabilidade da entidade em questão, com as devidas adaptações.