Com os cálculos fechados no início do período de confinamento, Lisboa desceu 11 posições na lista das cidades mais caras do mundo. A capital portuguesa aparece na 106ª posição do ranking Custo de Vida 2020, da consultora norte-americana Mercer.

Entre as dez cidades mais caras do mundo, seis são asiáticas. No ranking elaborado pela consultora norte-americana, Hong Kong, região administrativa especial da China, figura no topo da lista das cidades mais caras do mundo, seguida por Ashgabat, capital do Turquemenistão, e Tóquio, no Japão. Já Tunes, capital tunisina, é uma das cidades analisadas “menos dispendiosas a nível global”.

Lisboa, por seu turno, é a 106ª cidade mais cara do mundo, tendo descido 11 posições relativamente ao índice publicado no ano passado pela mesma entidade, altura em que ocupava o 95º posto. Apesar de ser considerada, relativamente a outras cidades, menos cara do que no ano passado, Lisboa tem um dos preços de gasolina “mais elevados” do ranking.

A capital angolana, Luanda, que, em 2017, ascendia ao topo das cidades com o custo de vida mais elevado entre as cidades analisadas, encontra-se, agora, abaixo da cidade portuguesa na classificação geral.

No terceiro lugar da classificação, a par da capital japonesa de Tóquio, aparece Zurique, centro financeiro da Suíça. Ainda entre as cidades mais caras a figurar no ranking encontram-se Nova Iorque, cidade norte-americana, e as cidades de Berna e Genebra, ambas suíças, fazendo deste o país mais representado no top dez dos centros urbanos com custo de vida mais elevado. A Suíça está, contudo, a par da China, que para além do território de Hong Kong, conta com Xangai e Pequim como duas das dez cidades mais dispendiosas. Djamena, no Chade, é a cidade mais cara do continente africano, ocupando a 15ª posição.

Entre as cidades menos dispendiosas, para além de Tunes, que ocupa a 209ª e última posição, estão Windhoek, na Namíbia, Tashkent, no Uzbequistão, e Bishkek, no Quirguistão – estas duas últimas empatadas no terceiro posto das cidades menos caras em análise.

O ranking, na sua 26ª edição, tem como objectivo disponibilizar dados sobre o custo de vida em mais de 200 cidades de todo o mundo a empresas com trabalhadores expatriados, auxiliando na definição dos custos de compensação. A classificação apresentada reflecte os custos com bens e com o arrendamento de habitação em cada local. Para esta edição, a Mercer faz uso de dados referentes a Março de 2020, mês que ficou marcado pelo início do confinamento pandémico em várias cidades de todo o mundo, incluindo Lisboa. A consultora adverte, no entanto, para o facto de os valores apresentados poderem não reflectir ainda, de forma “significativa”, o impacto económico causado pela pandemia e pela paragem das actividades decorrente do período de confinamento.

A página web que acompanha a publicação dos mais recentes dados disponibilizados pelo ranking apresenta, para um conjunto de cidades de todo o mundo, comparações entre o custo médio de vários bens, tais como conjuntos de produtos de limpeza e bens de entretenimento. Para além dos preços médios do mercado de arrendamento, o ranking reflecte os valores médios para a compra de bens alimentares, vestuário, transportes e serviços, entre outros.