A Siemens acaba de lançar aquele que diz ser o semáforo mais económico do mundo. A solução desenvolvida pela empresa alemã permite melhorar a eficiência energética destes sinais de tráfego “em mais de 85%”, consumindo apenas entre um a dois Watt, e evitar, num cruzamento típico com aproximadamente 55 semáforos, a emissão de “mais de seis mil quilos de dióxido de carbono por ano”.
A instalação desta nova “tecnologia de um Watt”, apresentada a pretexto da feira dedicada à mobilidade e gestão de tráfego Intertraffic, que arrancou esta semana, em Amesterdão, representa um “enorme benefício para os orçamentos das cidades e para o ambiente”, estando já em marcha dois projectos piloto para comprová-lo em Bolzano, Itália, e Bietigheim-Bissingen, no sul da Alemanha.
De acordo com a Siemens, uma cidade de grandes dimensões como Berlim, por exemplo, pode evitar aproximadamente duas mil toneladas de emissões de dióxido de carbono e poupar 500 mil euros na factura de energia, todos os anos, ao instalar esta tecnologia. Caso não adopte estes semáforos eficientes, a capital alemã terá de plantar anualmente perto de duas mil árvores de folha caduca para compensar as emissões de CO2 que, de outra forma, serão geradas. Multiplicando isto por mais de dez anos, que é, em norma, o tempo de vida útil de um semáforo, teria de ser plantada “uma floresta com 20 mil árvores de folha larga para equilibrar as emissões nocivas de um cruzamento com semáforos convencionais”, calcula a empresa.
“Em cidades que ainda utilizam um elevado número de lâmpadas incandescentes em vez de LED, o potencial de economia de custos de energia e emissões é significativamente mais elevado e o retorno do investimento realizado aconteceria em menos de cinco anos”, lembra a Siemens. No caso concreto de Portugal, “a Siemens tem já uma vasta experiência nesta área e diversas referências”, destacando os projectos de manutenção das infra-estruturas semafóricas de Lisboa e do Porto.
Com a aplicação da “tecnologia de um Watt”, que recorre a módulos de controlo de LED digitais, “elimina-se a necessidade de resistências de carga e de elementos de comutação nas unidades de sinalização luminosa que, até agora, consumiam a maior parte da energia”. Como resultado, torna-se possível reduzir para um ou dois Watt a necessidade eléctrica dos semáforos individuais, “em comparação com os 60 Watt por vezes consumidos pelas lâmpadas incandescentes”.
Com isto, assegura a Siemens, são reduzidos também os custos de serviço e o estado dos LED é “continuamente verificado por monitores ópticos”. “É possível que, no futuro, possa ser possível prever quando as unidades [luminosas] apresentam falhas, permitindo assim uma manutenção preventiva das unidades de sinalização luminosa”, adianta-se em comunicado.