Chama-se Hub e traz uma abordagem que pode “mudar as regras do jogo” dos sistemas de informação geográfica (SIG). A estrutura, lançada pela Esri em Julho passado, permite o envolvimento entre comunidades e tem como finalidade “a criação de hubs de inovação capazes de melhorar a qualidade de vida” das populações.

A estrutura gera uma plataforma de envolvimento cívico, com SIG incorporados, que melhora a partilha de dados, a comunicação, a análise e a colaboração, tudo isto dentro das organizações e com as comunidades que elas servem, explica David Jonglez, gestor de negócio de Smart Communities na Esri. O Hub funciona como uma estrutura para a implementação do ArcGIS (o sistema desenvolvido pela Esri), de forma “a alcançar mais rápida e eficientemente os objectivos das iniciativas focadas nas comunidades”.

No caso das cidades inteligentes, em particular, o impacto deste tipo de soluções deverá ser significativo e, a par do open source e do 3D, está entre as principais tendências futuras para o sector dos SIG, segundo o responsável internacional. “A abordagem do Hub é uma tecnologia que muda as regras do jogo em relação ao apoio a iniciativas do governo local para cidades inteligentes e comunidades. Com o Hub, os SIG são, mais do que nunca, uma tecnologia transformadora que possibilita o envolvimento das comunidades em redor dos dados, de modo a resolver os problemas que estas enfrentam”, afirma.

No terreno, a cidade norte-americana de Los Angeles, na Califórnia, foi pioneira na adopção do Geo Hub. O objectivo? “Reinventar o modo de prestação de serviços e alargar a sua capacidade de envolver residentes e empresas para melhorar a qualidade de vida na cidade”, responde o mayor local, Eric Garcetti.

Em entrevista à Smart Cities, David Jonglez descreve o conceito de Cidade-Plataforma e explica como os SIG têm um papel determinante na construção de cidades e comunidades inteligentes. “Os SIG permitem às cidades enfrentar a complexidade de integrar informação sobre urbanismo, sustentabilidade e mudanças climáticas, mobilidade urbana, transição energética e outros planos, proporcionando uma linguagem comum e compreensível e a integração desse conteúdo pelos media”, conclui.

 

Leia a entrevista completa com David Jonglez na edição #13 da Smart Cities.