A 22ª edição da Virtual Educa – o maior evento sobre educação do mundo – será online devido à pandemia e irá chamar-se virtualeduca-connect. Durante três dias – de 21 a 23 de julho – governantes, 300 mil professores de todos os continentes, pedagogos e fabricantes de equipamentos e softwares educativos irão discutir o ano letivo 2020-2021. “A Covid-19 colocou a reformulação do ensino no topo da agenda política”, afirma Adelino Sousa, diretor da Virtual Educa.
A conferência de educação Virtual Educa – responsável pelos maiores eventos mundiais de educação na última década, na América Latina – irá realizar-se online nos dias 21, 22 e 23 de julho sob a designação virtualeduca.connect, contando com a participação de 300 mil professores de todo o mundo. Será a primeira montra das tecnologias de educação pós-Covid-19: nos seus stands virtuais os maiores fabricantes de tecnologias de comunicação irão apresentar os mais recentes equipamentos digitais e softwares educativos, lado a lado com start ups inovadoras e empresas de média dimensão a operar no mercado internacional.
“Esta vai ser a cimeira do ‘reset’ educativo mundial: a Virtual Educa apresenta sempre as inovações na digitalização do ensino, mas este ano o ensino virtual faz parte do quotidiano de 1.500 milhões de alunos em todo o mundo”, afirma o português Adelino Sousa, diretor executivo da Virtual Educa. “Os três dias de conferência vão discutir a forma como os sistemas públicos e privados de educação em todos os países vão lançar e gerir o próximo ano letivo, desde o ensino básico até ao 12º ano”.
Nesta virtualeduca.connect serão apresentados aos sistemas educativos estatais, às escolas e às famílias uma enorme gama de produtos educativos inovadores. Do Canadá, por exemplo, a empresa D2L (Desire2Learn) apresenta a última versão de uma plataforma de aprendizagem com comunicação aos pais, concebida a pensar em alunos que assistem às aulas a partir de casa. De Espanha, a Odilo apresenta as suas bibliotecas virtuais, com aplicações adaptadas a jovens a quem o novo coronavírus impede de frequentar os espaços escolares. A australiana Matific irá mostrar as suas novas plataformas online de apoio ao ensino da matemática aos alunos dos primeiros anos do ensino básico.
De São Francisco, nos Estados Unidos, a Edmodo – que é a maior rede social de professores do mundo – trará soluções inovadoras para os professores partilharem os conteúdos que ministram aos seus alunos e os materiais que utilizam nas suas aulas. De Portugal, a Bi-Bright irá apresentar uma solução para redes nacionais de escolas públicas e a JP Inspiring Knowledge – responsável pelo fabrico e venda de 20 milhões de portáteis Magalhães a sistemas educativos de todo mundo – irá exibir uma solução desenvolvida especificamente para apoiar a transição para o ensino remoto.
Ideias para uma nova normalidade educativa
“Segundo a UNESCO, o encerramento físico de escolas e de estruturas educativas devido à Covid-19 afetou mais de 70% dos alunos do mundo: para que o seu futuro não seja comprometido por este corte na aquisição de conhecimentos, é fundamental trocar ideias para, nos meses ou anos que ainda vamos ter de pandemia, estabelecer uma nova normalidade educativa”, afirma Adelino Sousa. “A virtualeduca.connect irá ser o primeiro fórum global a fazer esse debate”.
Para além de governantes que irão anunciar medidas para o próximo ano letivo – os governos de Portugal, de Espanha, do Perú, da Colômbia e do México, entre outros, irão intervir na sessão de abertura – são esperados contributos teóricos importantes vindos de algumas das maior importantes universidades do mundo. Aguardada com expectativa é a intervenção de Fernando M. Reimers, professor da Fundação Ford e diretor do Programa Internacional de Políticas Educacionais da Universidade de Harvard: “Esta pandemia está a causar a interrupção mais séria do último século na oportunidade global de aprender, ampliando disparidades muito significativas nas oportunidades educacionais dentro das nações e entre elas”, afirma Fernando Reimers. “É fundamental apoiar os governos na construção de respostas para mitigar o impacto da Covid-19 na aprendizagem dos alunos”.
Jianli Jiao, professor e diretor do Centro de Pesquisa em Educação para o Futuro da Universidade do Sul da China, em Cantão, irá por seu lado descrever a forma como a China – o primeiro país do mundo cujo sistema educativo sofreu o impacto da pandemia – está a lidar com as restrições que a Covid-19 impõe aos seus professores e alunos.
“A virtualeduca.connect irá permitir cruzar os contributos dos melhores centros de pedagogia, as políticas governamentais mais avançadas, a experiência e a sensibilidade de centenas de milhar de professores e empresas como a Microsoft, Intel, Pearson, Qialcomm entre muitas outras”, afirma Adelino Sousa.
A Virtual Educa foi estabelecida em 2011 pela Organização dos Estados Americanos – OEA como uma iniciativa de cooperação multilateral no âmbito da educação, inovação, competitividade e desenvolvimento. Tem sido responsável pelos maiores eventos de educação da América Latina, sendo dirigida aos profissionais de educação e das tecnologias de informação e comunicação (TIC), empresários e decisores políticos. As suas sedes são em Washington, nos Estados Unidos (onde tem uma fundação), e em Madrid, Espanha.
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