Desde 2017 que os Transportes Urbanos de Braga, E. M. estão a levar a cabo um projeto ambicioso de sistematização do transporte em veículos elétricos.
O serviço público de transportes é, por si só, a principal forma de descarbonização das cidades. Os movimentos pendulares quotidianos são hoje responsáveis pelo congestionamento das cidades e pela emissão excessiva de gases nocivos e efeito de estufa. Nesse sentido, o transporte público quer-se rápido, confortável, eficiente e, principalmente, ambientalmente sustentável. Só desta forma se cativa passageiros e garante vantagens na sua utilização. Atualmente, com as soluções tecnológicas proporcionadas pelos veículos elétricos, a solução para uma descarbonização em larga escala poderá estar encontrada.
Em 2017, os Transportes Urbanos de Braga, E. M. avançaram para um projeto ambicioso de sistematização do transporte em veículos elétricos. Com os apoios comunitários concedidos à descarbonização, via PO SEUR, foram adquiridas seis viaturas movidas 100% a eletricidade, bem como toda a infraestrutura de carregamento necessária.
A visão do conjunto operação/veículo é encarada como a mais-valia a perseguir. Não é apenas a aquisição de veículos elétricos que faz a mobilidade elétrica, mas sim a necessária articulação entre os meios técnicos de Engenharia e Exploração por forma a encontrar as melhores soluções e extrair o máximo das vantagens ambientais, energéticas e económicas. Assim, com o foco inicial na linha 43, 100% elétrica, entre a Estação da CP e Universidade do Minho, foi delineado um plano onde circulam 2 viaturas, recorrendo a uma terceira para desdobramento e recarga. Por outro lado, a linha 87, que liga a mesma Estação e o Hospital de Braga, utiliza diariamente 3 viaturas elétricas no período de maior afluência, início da manhã e meio da tarde, com paragem para recarga.
Confortáveis, de design moderno e silenciosas, são argumentos cativadores de uma população, por um lado jovem, atenta à inovação e questões ambientais, por outro, frequentadores do Hospital, que privilegiam o conforto e bem-estar.
Operacionalmente distintas, mas também com percursos entre o orograficamente exigente (inclinação superior a 10%, na ligação ao Hospital) e o trajeto plano na ligação à Universidade, disponibilizam informação para estudos diferenciados e validação de diferentes soluções.
As 6 viaturas iniciaram a circulação em 1 de outubro de 2018. Assim, até final de junho de 2019, os TUB reduziram substancialmente as emissões de CO2 no centro da cidade de Braga poupando simultaneamente na energia primária equivalente consumida, comparativamente com as viaturas a gasóleo substituídas. A estes valores acrescem resultados económicos positivos por via da redução no custo com combustível (eletricidade vs. gasóleo) que, garantidamente, subirão com o sistema de carregamento inteligente que está já a ser implementado.
Travagem regenerativa, forte binário disponível, otimização da climatização, entre outras, permitem a estes veículos um maior rendimento construindo uma base sólida para projetos futuros.
Brevemente, os TUB irão receber 7 novas unidades elétricas, atualizadas tecnologicamente, que permitirão com um carregamento único “overnight” uma operação diária ininterrupta. No mesmo processo de renovação de 30% da sua frota operacional, serão ainda incluídas 25 viaturas movidas a gás natural, até final de 2020.
Os TUB E.M. assumem, assim, as duas vertentes máximas de descarbonização, por via do transporte público em veículos ambientalmente sustentáveis, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos bracarenses e enorme impacto na qualidade do ar e condições de mobilidade.
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